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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ultrapassagens perigosas a ciclistas: a falta de educação e o tempo que demoramos a tirar um macaco do nariz

Rua D. Pedro V - estacionamento ilegal, ultrapassagens perigosas a ciclistas

Num destes dias, um dia como tantos outros, saio do emprego ao início da tarde para ir almoçar a casa com a minha esposa e a minha filha. A meio do caminho, na rua D. Pedro V, um automóvel decide ultrapassar-me a mim e a um outro ciclista que segue no mesmo sentido, sem assegurar a necessária distância lateral de segurança.

– Chegue-se para lá! Um metro e meio, é o que diz o Código, um metro e meio!... – disse eu para o condutor quando o carro se aproximou com vidro aberto.

Não consegui ouvir a resposta, mas vi que o passageiro ficou a rir-se de uma forma tal que, dado o contexto, tenho alguma dificuldade em descrever em termos muito simpáticos. Felizmente não houve nenhum acidente, o carro seguiu viagem e eu também segui viagem até casa, enquanto ruminava no sucedido.

Diz o Código da Estrada português (sim, estamos a falar do nosso Código da Estrada, o de Portugal, aquele que todos nós temos a obrigação de conhecer e cumprir quando andamos na estrada) o seguinte, a propósito das ultrapassagens:

Artigo 38º Realização da manobra

    1 – O condutor de veículo não deve iniciar a ultrapassagem sem se certificar de que a pode realizar sem perigo de colidir com veículo que transite no mesmo sentido ou em sentido contrário.

    2 – O condutor deve, especialmente, certificar-se de que:
    a) A faixa de rodagem se encontra livre na extensão e largura necessárias à realização da manobra com segurança;
    (...)
    e) Na ultrapassagem de velocípedes ou à passagem de peões que circulem ou se encontrem na berma, guarda a distância lateral mínima de 1,5 m e abranda a velocidade.

    (...)

    5 — Quem infringir o disposto nos números anteriores é sancionado com coima de € 120 a € 600.

Em abono da verdade, o referido condutor abrandou a velocidade. Onde falhou foi ao não manter uma distância lateral de segurança igual ou superior a 1,5m – que é necessária quando se ultrapassa um veículo de duas rodas, por vários motivos. O condutor e o passageiro que ia a rir-se à janela certamente não conheciam o Código da Estrada, ou não saberiam que uma ultrapassagem daquelas é perigosa e dá uma multa nada agradável para o automobilista em infração, que pode ir até aos 600 euros.

Ainda no mesmo dia, no mesmo local, tive de levar com um outro condutor impaciente. Teve a oportunidade de me ultrapassar mais atrás, onde a estrada era mais larga, mas por algum motivo que eu desconheço, esperou pelo trecho mais estreito (o que passa em frente à sede da AAUM) para se colocar a escassos metros da traseira da minha bicicleta, fazendo roncar o motor e apitando repetidas vezes. Com carros [ilegalmente] estacionados de ponta a ponta da rua, eu não tinha para onde me encostar. O que eu não faria – e nunca faço – era encostar-me a esses carros, arriscando levar na cara com uma porta que se abrisse de repente. Mantenho sempre, por isso, para minha proteção e para proteção dos que me rodeiam, pelo menos um metro de distância em relação aos carros estacionados. Quem vier atrás, que abrande e aguarde. Não custa nada e uns metros mais à frente já pode ultrapassar em segurança.

O perigo de circular encostado à direita junto a carros estacionados - Door zone / Zona de portas

Assim, aos roncos do motor e às apitadelas, respondi com uns bem mais simpáticos toques de campainha e segui viagem. Mas não pude deixar de pensar no ridículo da situação. Senão, vejamos.

O trecho estreito em questão tem uma extensão de cerca de 200 metros. A 50km/h (a velocidade máxima permitida dentro das localidades, incluindo ali), percorrer esses 200 metros demora cerca de 15 segundos. A uma velocidade de cerca de 25km/h (a que hipoteticamente circulará ali a maior parte dos ciclistas), faz-se em apenas 29 segundos. Estamos a falar de uma diferença de cerca de 14 segundos, que é como quem diz, bem menos de meio minuto. Ou dito ainda de outra forma, o mesmo tempo que gastaríamos a tirar um macaco do nariz, ou bem menos do que esperaríamos se ali houvesse um semáforo...

Será que por causa de uns meros 14 ou 15 segundos vale mesmo a pena demonstrar publicamente tamanha falta de educação e desconhecimento do Código da Estrada, em vez de simplesmente partilhar a via em segurança e cordialidade para com os seus vários utilizadores?

Respeite o ciclista - distância lateral de segurança ao ultrapassar, pelo menos 1 metro e meio

sábado, 22 de junho de 2013

Circular de bicicleta à noite: luzes e refletores

Luzes de bicicleta, à frente e atrás

Para quem anda de bicicleta à noite: por favor, usem sempre luzes e refletores nas vossas bicicletas, para vossa segurança e para segurança de todos!

A lei obriga a usar luzes, mas nestas coisas não é por obrigação legal que precisamos de agir – é mesmo para salvar a nossa pele. Andar sem luzes à noite ou de madrugada é um comportamento de risco, cujas consequências podem ser gravíssimas. As luzes da bicicleta, mesmo que não sirvam para iluminar o caminho, servem para sermos vistos no trânsito pelos outros condutores e, deste modo, prevenir acidentes.

Em qualquer loja de bicicletas, encontrarão à venda vários modelos de luzes para bicicleta. Não tem de ser um farol potente de BTT, daqueles que encandeiam e incomodam todos por quem passam. Para circular em zonas bem iluminadas da cidade, basta uma simples luz branca à frente e outra vermelha atrás (sem piscar, de preferência). Os refletores nas rodas também ajudam a tornar-nos visíveis para os outros condutores e devem ser utilizados.

Não há nada como sair à noite se bicicleta para tomar um copo com os amigos, ir ao teatro ou ao cinema, ou simplesmente para sentir a brisa fresca no corpo. Usando luzes e refletores, estamos a contribuir ativamente para que o possamos continuar a fazer por muitos muitos mais anos. Boas pedaladas!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma ciclovia da Estação de Braga até Gualtar (resposta ao correio de um leitor)

O Paulo, um leitor do Braga Ciclável, enviou-nos a mensagem que abaixo reproduzimos. Tal como muitos outros utilizadores da bicicleta cá de Braga, também ele sente a necessidade de uma rede viária mais segura para ciclistas, pelo que decidiu avançar com a seguinte sugestão:

Nova ciclovia braga

Antes de mais gostaria de felicitá-lo pelo seu trabalho em prol do uso da bicicleta, é urgente mudar mentalidades.

Sou um usuário habitual da bicicleta, mas poderia ser mais, caso a minha cidade (Braga) oferecesse as infra-estruturas necessárias para que cada viagem de um ciclista não se tornasse um risco de vida.

Revolta-me ver novas obras a serem perpetuadas nesta cidade sem nunca aproveitar para criar condições para outros e mais saudáveis meios de transporte (inadmissível nos tempos actuais).

Assim, tenho pensado um pouco nesta situação, e parece-me que, sendo esta cidade de tamanho mediano, uma única ciclovia a atravessar a mesma em pontos cruciais e principais artéria da cidade, seria mais que suficiente para cobrir grande parte das necessidades.

Hoje dei-me ao trabalho de, em 10 minutos apenas, delinear o que me parece ser a ciclovia ideal para a nossa cidade.

  • Parte da estação de comboios e termina frente ao Mc Donald´s de Gualtar (perfeito para estudantes).
  • Sobe pela rua Andrade Corvo e Rua do Souto até à Avenida central (perfeito para quem se quer deslocar ao centro da cidade)
  • Segue para o Largo Srª-a-Branca e desce parte da 31 de Janeiro (tribunal, segurança social, clínicas, piscinas, supermercados, etc).
  • Segue pela Av. João XXI (Aqui facilita o acesso ao BragaParque e Pingo Doce) até ao McDonald's de Gualtar (onde é possível comer um hamburguer para compensar e facilmente se faz uma ligação à ciclovia de Lamaçães (Continente, Media Markt, etc)

Uma única ciclovia com cerca de 5/6 km que me parece que resolveriam grande parte dos nossos problemas.

Será assim tão díficil?

(…)

Evidentemente, concordamos que este é um dos percursos mais óbvios para uma eventual intervenção no sentido de criar uma via ciclável a ligar o centro a Gualtar. O percurso sugerido tem a vantagem de ligar alguns dos principais pontos da cidade (Estação de comboios, zona comercial e histórica do centro, Tribunal, Segurança Social, centro comercial BragaParque, Campus Universitário de Gualtar, Instituto de Nanotecnologia, centro comercial MinhoCenter…), que certamente poderia ser aproveitado por um grande número de pessoas. Não há, pois, qualquer dúvida que esses são os pontos da cidade que é mais urgente ligar.

Há várias soluções possíveis, mas esta é sem dúvida uma das mais viáveis face à atual rede viária da cidade (uma outra solução seria aproveitar a Rua D. Pedro V e a Rua Nova de Sta. Cruz, restabelecendo uma ligação adequada entre ambas).

Já em termos de terminologia ou tipologia, e tal como tivemos já a oportunidade de aqui referir, não tem necessariamente de ser uma ciclovia ao longo de todo o percurso. Em alguns pontos do percurso (Avenida João XXI e Avenida 31 de Janeiro, por exemplo) seria ótimo dispor de ciclovia. Mas, no centro, estaríamos antes a falar de uma via partilhada com peões, e/ou com outros veículos, desde que efetivamente asseguradas velocidades de circulação compatíveis com essa mesma partilha.

O importante mesmo é assegurar que se disponibiliza aos ciclistas - que não são apenas desportistas ou pessoas em atividades de lazer - um conjunto de vias (partilhadas ou não) onde possam circular em segurança. As pessoas querem uma cidade onde possam viver sem medo de andar a pé ou de usar uma bicicleta, seja para se deslocarem para as compras, para o emprego, ou para levar os filhos à escola, por exemplo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ana Galvão e Nuno Markl também apoiam esta causa

Eles também vão participar neste sábado na manifestação nacional dedicada ao lema "Basta de atropelamentos!". Vejam o vídeo e descubram porquê:

Nas palavras da organização, esta será "uma manifestação pacífica, não dirigida a ninguém em particular, mas sim à sociedade em geral". O objetivo é incentivar à reflexão sobre "qual o caminho a seguir, para que se escolha um futuro mais promissor, onde as pessoas possam usufruir do espaço público sem medo, e onde as crianças possam brincar na rua com mais segurança".

Em Braga, o ponto de encontro é o Chafariz da Arcada, na Praça da República. A pé ou de bicicleta, apareçam lá este sábado às 15h para apoiar esta causa!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Manifestação nacional - Basta de atropelamentos!

A FPCUB está a organizar uma manifestação nacional, sob o lema "Basta de Atropelamentos - pela convivência pacífica e respeito pelos modos suaves", que irá realizar-se em diversas cidades portuguesas no próximo dia 19 de janeiro, às 15h00.

O lema é bem pertinente, se olharmos às recente notícias de peões e ciclistas que têm sido atropelados um pouco por todo o país (e também cá em Braga). São muitos os casos em que as vítimas ficam com sequelas graves e, infelizmente, tem havido também perdas de vidas. É uma espécie de guerra civil na estrada, que todos queremos que cesse já.

FPCUB cartaz manif braga 630

Nas palavras da organização, esta será "uma manifestação pacífica, não dirigida a ninguém em particular, mas sim à sociedade em geral". O objetivo é incentivar à reflexão sobre "qual o caminho a seguir, para que se escolha um futuro mais promissor, onde as pessoas possam usufruir do espaço público sem medo, e onde as crianças possam brincar na rua com mais segurança".

Em Braga, o ponto de encontro é o Chafariz da Arcada, na Praça da República. A pé ou de bicicleta, apareçam lá para apoiar esta causa!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ciclista atropelado em Gualtar - algumas considerações...

Acidente bicicleta

Contaram-me que, ontem à tarde, ocorreu em Gualtar um acidente envolvendo um ciclista e um jipe.

De acordo com as informações (não confirmadas) que conseguimos apurar, a vítima terá sido um homem que seguia de bicicleta e que foi violentamente abalroado por uma viatura de todo-terreno. Aparentemente, o motorista em questão terá adormecido ao volante. O ciclista, ao que dizem, tinha um problema de saúde nas pernas, sendo que andava de muletas e usava a bicicleta para ajudar na recuperação.

Até ao momento, não sabemos se o ciclista sobreviveu nem qual o seu estado. Sabemos apenas que foi socorrido no local por uma viatura do INEM.

Não conheço as pessoas envolvidas, nem estou na posse dos detalhes do lamentável sucedido. Mas não posso deixar de tecer algumas considerações sobre os comportamentos de risco de uns e de outros, que muitas vezes resultam em acidentes como este…

1) Os pecados dos automobilistas (ou motoristas em geral)

Antes de mais, é bom lembrar que há muitos automobilistas, camionistas e motoristas de transportes públicos que são conscienciosos e cuidadosos, e que partilham a estrada com o necessário respeito. As palavras que se seguem não são para eles. Dito isto, cumpre assinalar que muito há por fazer em matéria de formação e sensibilização de condutores. Os condutores de veículos motorizados deveriam ter obrigatoriamente uma sólida formação em matéria de segurança rodoviária, porque merecem particular atenção pela simples razão de que os veículos que conduzem, pelas suas caraterísticas (peso, tamanho, velocidade, etc.), são bastante mais perigosos para peões e ciclistas.

Então e quais são alguns dos pecados dos motoristas, que colocam em risco peões e ciclistas?:

  • Circular em EXCESSO DE VELOCIDADE. Para além do cumprimento dos limites máximos de velocidade (que dentro das localidades portuguesas é de 50Km/h, caso não exista sinalização adicional), os condutores têm de assegurar-se também que a velocidade a que circulam lhes permita parar em segurança caso surja algum obstáculo. Nem todos cumprem a primeira, quanto mais a segunda parte!…
  • PERSEGUIR CICLISTAS encostando-se perigosamente à sua traseira, sem manter a necessária distância de segurança. O que acontece se o ciclista à sua frente se desequilibrar, ou tropeçar numa pedra ou num buraco?...
  • NÃO ABRANDAR a velocidade antes de começar a ultrapassar um ciclista.
  • Não deixar uma DISTÂNCIA LATERAL DE SEGURANÇA de cerca de 1,5m ao ultrapassar o ciclista. (Nota: ver aqui como deve ser feita uma ultrapassagem.)
  • NÃO RESPEITAR as regras do Código da Estrada quando encontram um sinal de STOP ou de cedência de passagem. É ERRADA a ideia de que "a bicicleta nunca tem prioridade". Em todos os cruzamentos sinalizados, a bicicleta é considerada um veículo, pelo que tem naturalmente prioridade quando os veículos que se aproximam de outras direções encontram um sinal de cedência de passagem. Igualmente, quanto um ciclista circula numa rotunda adequadamente sinalizada, os veículos que nela entram devem ceder a passagem.
  • BUZINAR ou gritar pela janela, em vez de sinalizar atempadamente e realizar as suas manobras em segurança.

2) Os pecados dos ciclistas

Justiça seja feita, muitos ciclistas, infelizmente, ainda continuam a ter também alguns comportamentos de risco que podemos considerar graves:

  • Circular de noite sem LUZES/REFLETORES.
  • Pedalar em passeios e passadeiras, como se fossem peões (o ciclista só é considerado peão quando desce da bicicleta e a leva pela mão).
  • Desconhecer ou ignorar o Código da Estrada, sobretudo as partes que se referem às regras de PRIORIDADE e ao SENTIDO DE CIRCULAÇÃO. Em cruzamentos não sinalizados, devemos ceder a passagem e não devemos nunca circular em contramão.
  • Não respeitar os SEMÁFOROS. Um sinal vermelho significa "Pare!", mesmo para um ciclista...
  • Não utilizar a SINALIZAÇÃO MANUAL antes de mudar de faixa ou de direção. Não podemos esperar que os outros condutores adivinhem para onde nos vamos dirigir.
  • Circular DEMASIADO PELA ESQUERDA ou em ziguezague, impedindo a ultrapassagem, quando há espaço suficiente para que esta possa ser feita em segurança.
  • Circular DEMASIADO PELA DIREITA, correndo o risco de embater nos passeios, na porta de um carro estacionado ou num buraco da estrada. Esta é, aliás, uma das maiores causas de acidentes rodoviários envolvendo ciclistas...

3) Os pecados das autarquias

Algumas vias foram pensadas apenas em função dos veículos motorizados, sem levar em conta a existência da bicicleta enquanto meio de transporte. Pior ainda, muitas cidades portuguesas não têm um "mapa ciclável", isto é, um plano global que considere as vias por onde os utilizadores da bicicleta poderão circular em segurança para chegarem aos seus destinos. Quando há vias pensadas exclusivamente para trânsito motorizado, as autarquias têm a responsabilidade ou a obrigação (pelo menos moral) de oferecer alternativas válidas aos cidadãos que escolhem utilizar veículos mais económicos e não-poluentes nas suas deslocações diárias. Muitas vezes, pequenos ajustes na sinalização podem fazer uma grande diferença. Por exemplo, medidas de acalmia de trânsito e a criação de vias partilhadas BUS+Bici devidamente sinalizadas como tal. O grande pecado de muitas autarquias portuguesas é, simplesmente, ignorarem a bicicleta (e o peão?) no planeamento urbano e no momento de conceber ou alterar a sua rede viária.

4) Os pecados dos legisladores

Já ia sendo tempo de Portugal atualizar o seu Código da Estrada, para passar a oferecer uma maior proteção aos utentes da via pública que são mais vulneráveis: peões e ciclistas. Não bastam meras recomendações da Assembleia da República, é necessário elaborar leis e fazê-las cumprir.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Câmara Municipal de Braga reuniu com ciclistas urbanos

A convite da Câmara Municipal de Braga, realizou-se esta tarde uma reunião com o grupo de ciclistas urbanos que em junho deste ano apresentaram a Proposta de Mobilidade Sustentável. Nesta reunião, convocada e presidida pelo Eng. Rui Gonçalves, estiverem presentes diversos responsáveis da CMB ligados à área do planeamento urbano e afins, bem como os ciclistas Victor Domingos (Braga Ciclável), Antony Gonçalves e Rómulo Duque (Encontros com Pedal).

Câmara Municipal de Braga reuniu com ciclistas urbanos

O encontro serviu, por um lado, para fazer um ponto de situação relativamente ao planeamento da criação de condições para a utilização da bicicleta na cidade de Braga. Mas, sobretudo, foi uma oportunidade para dar início à troca de ideias com quem usa a bicicleta no seu dia-a-dia, de modo a melhor perceber quais as reais necessidades da população e as dificuldades com que os nossos ciclistas se deparam.

Esperamos que o nosso pequeno contributo possa ajudar a autarquia a encontrar soluções que minimizem as dificuldades sentidas diariamente pelos nossos ciclistas e que, a curto ou médio prazo, possamos começar a ver frutos desta troca de ideias. A cidade de Braga merece!

domingo, 2 de setembro de 2012

Mais dois ciclistas urbanos de Braga entrevistados na Antena 1

Depois do Antony Gonçalves (dos Encontros com Pedal) e Victor Domingos (este vosso amigo), o José candeias entrevistou recentemente mais dois ciclistas urbanos de Braga. Foram eles o Carlos Ferreira, que para além de se deslocar de bicicleta na cidade de Braga é também o empresário responsável pela iniciativa inovadora Go By Bike, e o Aníbal Fernandes, que já aqui apresentámos anteriormente.

As entrevistas foram realizadas em direto, como habitualmente, e têm estado disponíveis no podcast "HÀ Conversa", onde é possível encontrar diversos testemunhos bem interessantes de outros utilizadores habituais da bicicleta, e não só. Podem ser ouvidas aqui:

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ainda sobre a famosa Rua D. Pedro V (porque os peões também têm direitos)...

Rua D. Pedro V, em Braga

Por repetidas vezes (uma, outra, e outra mais, e também aqui, aqui e aqui), temos aqui falado na importância da Rua D. Pedro V, e da necessidade de a requalificar, tornando-a mais adequada para ciclistas e não só. Consideramos que, além de ser uma via de particular importância para o acesso ao centro por parte dos ciclistas que vêm das Enguardas, da Quinta da Armada, de Gualtar e da zona Este em geral, a Rua D. Pedro V poderia oferecer melhores condições de conforto e segurança, não só para esses ciclistas, mas também para os peões que nela circulam - a pé, com ou sem carrinhos de bebés, ou mesmo de cadeira de rodas.

Para contextualizar… A Rua D. Pedro V começa junto à Avenida Padre Júlio Fragata (zona do Pingo Doce) e vai até à Rua de S. Vítor, já quase no Largo da Senhora-a-Branca. Para quem vai em direção ao centro, temos um sinal de sentido proibido, com excepção apenas para transportes públicos. Nós propomos o alargamento dessa excepção também para bicicletas (corredores BUS + Bici), com a instalação necessária sinalização de ambos os lados, à semelhança do que se está a fazer, por exemplo, em Lisboa.

Na reunião que tivemos em junho com a Câmara Municipal de Braga, este tema veio inevitavelmente à baila. Não só a questão da sinalização para as bicicletas, mas também o problema dos passeios de largura insuficiente. Afinal de contas, se havia lugar para estacionar uma fila enorme de automóveis, também deveria haver espaço para passeios adequados. Fomos esclarecidos de que nessa rua o estacionamento era proibido entre as 8h e as 22h, de modo a permitir que dois autocarros se cruzassem sem dificuldades em qualquer ponto da rua, de modo a melhorar a fluidez dos transportes públicos. A intenção até é positiva, mas pura e simplesmente não resulta, porque todos os dias, a praticamente qualquer hora, os autocarros têm de parar e esperar numa ponta da rua, devido ao estacionamento excessivo e ilegal. Curiosamente, nunca vi nenhum carro multado nem nenhum automobilista chamado à atenção por causa desse estacionamento abusivo.

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento proibido - e estacionamento ilegal

Um destes dias, no meu caminho para casa, decidi tirar algumas fotos ao longo dessa rua, que ilustram os problemas referidos, e contei os carros que estavam ilegalmente estacionados (ver total mais abaixo)…

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal

Rdp55

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
Nesta rua, é frequente o estacionamento em segunda fila, que muitas vezes obriga à paragem do trânsito em ambos os sentidos de circulação. Reparemos também como o passeio é tão estreito que dificilmente permite a circulação de um carrinho de bebé, uma cadeira de rodas, ou o cruzamento/utrapassagem de duas pessoas a pé.

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
Este local serviria para facilitar o cruzamento de veículos durante os horarios em que o estacionamento é permitido no resto da rua. Mas nem de dia pode ser utilizado normalmente para esse efeito…

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
É também frequente o estacionamento em contramão e em cima do passeio, retirando aos peões um espaço de circulação já de si demasiado estreito.

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
Esta obra está ali há muito tempo, ocupando o passeio. Como vemos, foi reservado um pequeno corredor para peões, por fora, na faixa de rodagem. Por incrível que pareça, mesmo aqui, em que a rua é mais estreita, costuma haver com alguma frequência carros estacionados.

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
Como podemos ver, nem a passadeira é respeitada. Com um veículo destes estacionado tão próximo da passadeira, é impedida a necesária visibilidade aos peões que atravessam e aos veículos que ali circulam.

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
Mesmo que não tivessem visto o sinal no início da rua, as linhas amarelas também seriam para respeitar…

Rua D. Pedro V, em Braga - estacionamento ilegal
E por falar em passadeiras, linhas amarelas e afins…

Resumindo, neste pequeno percurso foi possível contar nada mais nada menos do que 57 viaturas em infração, todas elas de forma impune. E pudemos testemunhar também, já agora, a urgente necessidade de requalificação desta rua.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ciclista atropelado na Avenida Central

Uma notícia no Correio do Minho dá conta de um acidente grave ocorrido estes dias na Avenida Central, cá em Braga.

Um ciclista ficou ferido com gravidade depois de ter sido colhido por um automóvel na Avenida Central, à boca do túnel. O acidente ocorreu na passagem para peões regulada por semáforos localizada em frente ao Bragashopping.

De acordo com a versão da condutora à PSP, o ciclista entrou na passadeira quando o sinal estava verde para os automóveis e, consequentemente, vermelho para os peões.

A condutora - uma jovem de cerca de 20 anos - alega que ainda travou, mas colheu o ciclista que bateu no lado direito do pára-brisas e caiu no chão. A vítima - um homem de 35 anos, residente em Maximinos, Braga - sofreu um traumatismo craneoencefálico. (…)


É sem dúvida uma notícia triste para todos e que vem relembrar-nos de que é necessário um cuidado extremo na forma como circulamos na via pública - quer estejamos dentro de um carro, em cima de uma bicicleta, ou simplesmente a pé. Respeitar os semáforos é imperioso, independentemente de circularmos a pé, de bicicleta, ou de carro.

Não sabemos ainda ao certo se a versão da condutora é verdadeira (e não nos cabe a nós suspeitar), mas bem poderá ser. Ainda que seja recorrente um certo discurso anti-automóvel e anti-automobilista, a verdade é que muitas vezes observamos também comportamentos de risco por parte de ciclistas, como andar pelos passeios ou atravessar passadeiras em cima da bicicleta (bem pior se for com o semáforo vermelho).

Acontecimentos como este devem também fazer-nos refletir sobre a necessidade urgente de formação de peões e ciclistas, que deve ser feita desde cedo, nas escolas...

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com Bloco de Esquerda

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com Bloco de Esquerda

Realizou-se esta segunda-feira, dia 30 de junho, em Braga, uma reunião com Miguel Coelho e José Ribeiro, membros da concelhia do Bloco de Esquerda de Braga, para apresentação da proposta de promoção da mobilidade sustentável. Nesta reunião, estiveram presentes Rómulo Duque (Encontros com Pedal) e Victor Domingos (Braga Ciclável).

Na sequência das recentes audiências com o Eng. Rui Gonçalves, do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, e com o vereador Ricardo Rio, do PSD, e com Carlos Almeida e Carla Cruz, do PCP, o movimento de cidadãos reuniu agora também com representantes do Bloco de Esquerda, com o mesmo objetivo de transmitir a mensagem de que é urgente criar condições de estacionamento e de circulação em segurança para os ciclistas na cidade de Braga. Nesta reunião foram apresentadas novamente algumas sugestões de medidas práticas para tornar Braga uma cidade com melhores condições para o uso da bicicleta como meio de transporte. Pretende-se que, a curto ou médio prazo, os bracarenses e todos aqueles que visitam a cidade de Braga possam sentir a necessária segurança para poderem livremente usufruir das vantagens deste meio de transporte mais económico, mais saudável e mais amigo do ambiente.

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com Bloco de Esquerda

Miguel Coelho e José Ribeiro mostraram-se bastante recetivos à proposta e recordaram algumas das posições que o Bloco de Esquerda tem tomado aquando da discussão pública e da votação de determinadas medidas. Esperamos poder contar brevemente com uma resposta oficial do Bloco de Esquerda, após a sua análise mais aprofundada do dossiê agora entregue.

Brevemente, serão agendadas novas reuniões com os responsáveis das restantes formações políticas da cidade de Braga e outras instituições, no sentido de dar a conhecer esta proposta e sensibilizar os vários setores da sociedade bracarense. Aguardamos também com alguma expectativa uma resposta ao pedido de audiência que apresentamos recentemente junto da fundação responsável pelo projeto Braga Capital Europeia da Juventude 2012, bem como as respostas oficiais das diversas instituições já abordadas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #91

Ciclistas Urbanos em Braga

O Vítor, de Gualtar, é pintor e atravessa regularmente o centro da cidade de bicicleta, para de deslocar para o seu local de trabalho, perto da Estação. Tal como muitos outros ciclistas, queixa-se do trânsito particularmente perigoso na zona entre Gualtar e o centro de Braga.

Nota:

O acesso das zonas periféricas ao centro histórico da cidade com vias adequadas à circulação de bicicletas deve ser uma das prioridades em termos de planeamento da mobilidade em Braga. A ligação de Gualtar (onde se encontra não só uma importante área residencial, mas também um enorme polo universitário, o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), hotéis e áreas empresariais) ao centro da cidade e às interfaces de transportes públicos é, de facto, uma necessidade urgente. Aliás, foi essa uma das mensagens transmitidas recentemente à Câmara Municipal de Braga, no contexto da proposta de promoção da mobilidade sustentável.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Braga Ciclável esteve em direto na Antena 1, com José Candeias

Braga Ciclável na Antena 1: José Candeias entrevistou Victor Domingos

Esta 4ª feira, de manhã bem cedo, este vosso amigo esteve à conversa com o José Candeias, em direto na Antena 1. A entrevista teve como temas o projeto Braga Ciclável, a proposta recentemente apresentada à Câmara Municipal de Braga e o uso da bicicleta como meio de transporte.

A entrevista pode ser ouvida aqui e está já disponível no podcast "HÀ Conversa", onde é possível encontrar diversos testemunhos bem interessantes de outros utilizadores habituais da bicicleta, e não só.

A Antena 1 está de parabéns por ser uma das poucas rádios portuguesas (e possivelmente a única) a ter um programa que promove regularmente o uso da bicicleta, nomeadamente como meio de transporte. Todas as semanas, José Candeias entrevista utilizadores da bicicleta de vários pontos do país, destacando a utilidade deste meio de transporte mais amigo do ambiente e da saúde, mais amigo das nossas carteiras e, sobretudo, mais amigo da nossa qualidade de vida.

sábado, 23 de junho de 2012

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com PCP

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com PCP

Realizou-se este sábado, dia 23 de junho, numa das salas do café Brasileira, em Braga, uma reunião com Carlos Almeida e Carla Cruz, representantes do PCP, para apresentação da proposta de promoção da mobilidade sustentável. Nesta reunião, estiveram presentes Antony Gonçalves, Rómulo Duque (Encontros com Pedal) e Victor Domingos (Braga Ciclável).

Na sequência das recentes audiências com o Eng. Rui Gonçalves, do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, e com o vereador Ricardo Rio, do PSD, o movimento de cidadãos reuniu agora também com representantes do PCP, com o mesmo objetivo de transmitir a mensagem de que é urgente criar condições de estacionamento e de circulação em segurança para os ciclistas na cidade de Braga. Nesta reunião foram apresentadas novamente algumas sugestões de medidas práticas para tornar Braga uma cidade com melhores condições para o uso da bicicleta como meio de transporte. Pretende-se que, a curto ou médio prazo, os bracarenses e todos aqueles que visitam a cidade de Braga possam sentir a necessária segurança para poderem livremente usufruir das vantagens deste meio de transporte mais económico, mais saudável e mais amigo do ambiente.

Carlos Almeida e Carla Cruz mostraram-se bastante recetivos à proposta. A respeito desta temática, Carlos Almeida sublinhou que desde há muito o PCP vem insistindo na necessidade de discussão e desenvolvimento de um “plano geral de mobilidade”, para evitar que sejam tomadas medidas avulsas em diversos pontos da cidade, sem que estas se baseiem uma estratégia mais global. Esperamos poder contar brevemente com uma resposta oficial do PCP, após a sua análise mais aprofundada do dossiê hoje entregue. Aqui daremos notícia da sua resposta, nessa altura.

Brevemente, serão efetuados novos contactos com os responsáveis das restantes formações políticas da cidade de Braga e outras instituições, no sentido de dar a conhecer esta proposta e sensibilizar os vários setores da sociedade bracarense. Aguardamos também com alguma expectativa uma resposta ao pedido de audiência que apresentamos recentemente junto da fundação responsável pelo projeto Braga Capital Europeia da Juventude 2012…

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com o vereador Ricardo Rio

Ricardo Rio recebendo o dossiê da Proposta de Mobilidade Sustentável para a cidade de Braga

Decorreu esta manhã, numa das salas do café Brasileira, cá em Braga, uma reunião com o vereador Ricardo Rio, para apresentação da proposta de promoção da mobilidade sustentável que vimos referindo neste espaço. Nesta reunião, estiveram presentes Antony Gonçalves, Nuno Tomaz e Rómulo Duque (Encontros com Pedal) e Victor Domingos (Braga Ciclável).

Na sequência da recente audiência com o Eng. Rui Gonçalves, do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, o movimento de cidadãos reuniu agora também com o vereador Ricardo Rio, com o mesmo objetivo de transmitir a mensagem de que é urgente criar condições de estacionamento e de circulação em segurança para os ciclistas na cidade de Braga. Nesta reunião foram apresentadas novamente algumas sugestões de medidas práticas para tornar Braga uma cidade com melhores condições para o uso da bicicleta como meio de transporte. Pretende-se que, a curto ou médio prazo, os bracarenses e todos aqueles que visitam a cidade de Braga possam sentir a necessária segurança para poderem livremente usufruir das vantagens deste meio de transporte mais económico, mais saudável e mais amigo do ambiente.

Ricardo Rio mostrou-se bastante recetivo à proposta, encontrando nela inclusivamente algumas medidas bastante simples de aplicar a curto prazo, mesmo com um orçamento reduzido. Esperamos poder contar brevemente com uma resposta oficial do vereador, após a sua análise mais aprofundada do dossiê hoje entregue. Aqui daremos notícia da sua resposta, nessa altura.

Brevemente, serão agendadas novas reuniões com os responsáveis das diversas formações políticas da cidade de Braga e outras instituições, no sentido de dar a conhecer esta proposta e sensibilizar os vários setores da sociedade bracarense. Aguardamos também com alguma expectativa uma resposta ao pedido de audiência que apresentamos recentemente junto da fundação responsável pelo projeto Braga Capital Europeia da Juventude 2012…

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ciclistas urbanos de Braga reuniram com Câmara Municipal

Realizou-se esta 2ª feira, dia 11 de junho, a primeira reunião com a Câmara Municipal de Braga, para apresentação de uma proposta relacionada com a promoção da mobilidade sustentável nesta cidade.

Reunião com a Câmara Municipal de Braga, par apresentação de uma proposta de promoção da mobilidade sustentável

Na reunião, estiveram presentes Jorge Barrote (presidente da Associação de Cicloturismo do Minho), Victor Domingos (responsável pelo blog Braga Ciclável), Antony Gonçalves e Rómulo Duque, (ambos em representação da organização dos Encontros com Pedal). Por motivos de saúde, acabou por não poder estar presente um representante do Clube de Cicloturismo de Braga, que também apoia a iniciativa.

Este grupo de cidadãos reuniu com o Eng. Rui Gonçalves, do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, com o objetivo de transmitir ao executivo da autarquia a mensagem de que é urgente criar condições de estacionamento e de circulação em segurança para os ciclistas na cidade de Braga. O número de ciclistas vem aumentando gradualmente ao longo dos últimos anos, e pode vir a aumentar consideravelmente nos tempos que se avizinham. Tal aumento é desejável, na medida em que contribui para uma melhor qualidade de vida dos cidadãos (a bicicleta é um meio de transporte mais saudável, menos poluente, mais económico e mais rápido nos percursos até cerca de 5 km), pelo que deve ser incentivado de forma inequívoca através da criação de vias cicláveis, sobretudo nos percursos de cariz utilitário.

O conteúdo da proposta agora apresentada, cujo texto divulgaremos neste mesmo espaço já nos próximos dias, baseia-se em larga medida no exemplo que foi dado anteriormente pela FPCUB, na cidade de Lisboa, e não só. No caso concreto de Braga, propomos como medidas mais urgentes a instalação de estacionamentos adequados para bicicletas na cidade e a criação de um eixo ciclável entre 3 zonas de importância fulcral: a Estação de Braga, o centro da cidade e o Campus Universitário de Gualtar.

A proposta contempla ainda outras sugestões de medidas que as entidades envolvidas consideram úteis para promoção da mobilidade sustentável na cidade de Braga e, mais particularmente, para a melhoria das condições de circulação de bicicletas.

Esta foi a primeira reunião com a Câmara Municipal de Braga. Dado que o dossiê não havia sido entregue previamente, esperamos ainda receber proximamente uma resposta da autarquia após a sua análise da proposta agora apresentada. Assim que tivermos esse feedback, logo aqui daremos notícia do mesmo.

Entretanto, podemos adiantar que já se encontra também agendada uma outra reunião, a realizar na próxima segunda-feira, dia 18 de junho, com o vereador Ricardo Rio. Aguardamos também com alguma expectativa uma resposta ao pedido de audiência que apresentamos recentemente junto da fundação responsável pelo projeto Braga Capital Europeia da Juventude 2012…

domingo, 10 de junho de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #81

Ciclistas Urbanos em Braga

O João, que mora ao fundo da 31 de Janeiro, usa bicicleta para as deslocações quotidianas na cidade de Braga. Tal como muitos outros ciclistas com quem temos falado, sente falta de uma ciclovia na 31 de Janeiro para facilitar o acesso ao centro.

Nota:

Já há dias abordámos aqui este assunto, mas vale a pena recordar e sublinhar a sua importância. A Av. 31 de Janeiro é, provavelmente, a localização mais lógica para uma futura ciclovia de acesso ao centro da cidade, para quem vem de Lamaçães, Gualtar, etc. Dado que temos não só vastas zonas habitacionais nessas partes da cidade, mas também um enorme polo universitário, hotéis e áreas empresariais, é necessário estudar e implementar percursos cicláveis, seguros e rápidos, para a zona do centro e para as interfaces de transportes públicos - principalmente a estação de comboios.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cidadãos pela mobilidade sustentável reúnem esta 2ª feira com a Câmara Municipal de Braga

Câmara Municipal de Braga

Está já agendada para esta 2ª feira, dia 11 de junho, a primeira reunião com a Câmara Municipal de Braga, para apresentação de uma proposta relacionada com a promoção da mobilidade sustentável.

A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos de Braga, e conta com o apoio oficial do blog Braga Ciclável, dos Encontros com Pedal, da Associação de Cicloturismo do Minho e do Clube de Cicloturismo de Braga. O conteúdo da proposta, que brevemente divulgaremos neste espaço, baseia-se no exemplo que tem sido dado pela FPCUB, na cidade de Lisboa, e não só.

A seu tempo, iremos aqui dando notícia do avanço desta iniciativa, pelo que recomendamos a consulta regular deste espaço a quantos se interessem por esta temática.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #77

Ciclistas Urbanos em Braga

André Soares, arquiteto que tem curiosamente o nome de um outro nosso arquiteto famoso, atravessa frequentemente o centro de bicicleta para ir trabalhar, na zona do antigo hospital.

Também costumava levar o filho à escola de bicicleta mas, devido à insegurança no trânsito e à inexistência de vias mais seguras para ciclistas, acabou por deixar de o fazer. Na rua, não se sentia seguro com o filho e, por outro lado, os passeios não eram melhor alternativa neste caso...

Não poderíamos terminar sem deixar elogiar esta sua bela bicicleta, restaurada e personalizada nos seus tempos livres, com um excelente bom gosto (passe a redundância).

sábado, 2 de junho de 2012

A cidade de Braga, na perspetiva de quem a visita de bicicleta

100 dias de bicicleta em Portugal - visita a Braga

No âmbito do projeto 100 Dias de Bicicleta em Portugal, o Eng. Paulo Guerra dos Santos visitou a cidade de Braga, em julho de 2010. Chegou cá de bicicleta e também deve ter sentido aquele calafrio, ao percorrer algumas das nossas vias rápidas de estimação, antes de chegar ao centro histórico da cidade:

A entrada em Braga, essa já foi um pouco mais agressiva. Avenidas com características de via rápida, sem berma e em alguns troços com pavimento degradado. Um porta de entrada muito pouco bonita, na cidade.
Aquilo que ouço diariamente dos ciclistas de Braga, podemos lê-lo de forma acutilante no relato do Eng. Guerra dos Santos:
Ao entrar-se na cidade, fica-se com a sensação que só existem vias rápidas, com 3 vias em cada sentido, túneis e viadutos, cruzamentos semaforizados e trânsito intenso. É assustador para um ciclista circular nas vias que circundam e entram na cidade, pois não existe berma ou sobrelargura, e em alguns troços o pavimento encontra-se degradado. A falta de "verde" é também notada.

A questão das vias rápidas de acesso ao centro é importante, por vários motivos. Por um lado, praticamente não existem acessos cicláveis entre as sedes de concelho em volta de Braga, o que contribui para afastar quem deseja praticar certas modalidades de cicloturismo (Exemplo #1; Exemplo #2; Exemplo #3 - ver comentários). Mas também porque é dificultado o acesso às pessoas que, morando nas zonas periféricas da cidade ou nas freguesias que se encontram fora do perímetro urbano, poderiam pretender utilizar a bicicleta como meio de transporte no seu dia a dia.

Já no que se refere à circulação no centro histórico, a opinião deste especialista em Engenharia de Estradas foi bem mais favorável:

Mas ao entrar-se no centro da cidade, parece que se entra noutro mundo. Um mundo adaptado ao peão, onde existem cada vez mais ruas cortadas ao trânsito, largos com jardins, espaçosos passeios com esplanadas, ruas inteiras de comércio onde não entram automóveis. Um paraíso para um utilizador de bicicleta, pois ainda por cima esta cidade tem inclinações planas ou suaves, tornando o pedalar num prazer sem esforço. Foi a primeira vez em Portugal que me senti, numa área urbana populosa, a pedalar com condições de conforto e segurança, longe do automóvel em zonas de trânsito proibido, ou em vias reperfiladas que promovem a tão desejada acalmia de tráfego.
E este justificado otimismo continua nas palavras seguintes:
Braga é até ao momento, das cidades que foram visitadas, a que está a criar as condições necessárias para que se possa promover a utilização da bicicleta como meio de transporte, reduzindo o tráfego e a sua velocidade no centro da cidade. A criação de parques de estacionamento subterrâneos também incentiva a redução da utilização do automóvel.
Às vezes faz falta ver como nos olham os outros para conseguirmos alcançar a real medida daquilo que somos. Braga tem esta situação singular - um potencial imenso para uma adoção do uso da bicicleta como meio de transporte, mas com alguns obstáculos que ainda impedem que isso aconteça com mais frequência e em mais segurança. Nada que não possa melhorar num futuro próximo, e por isso partilho desse otimismo.

 

Os artigos do Eng. Paulo Guerra dos Santos sobre a visita a Braga podem ser consultados na íntegra nestas duas páginas:

 

Resta-me agradecer ao leitor Escargot a sugestão que aqui deixou, há uns tempos, num comentário a este artigo.