A Assembleia Municipal de Braga acaba de rejeitar uma recomendação da CDU dirigida à Câmara, no sentido de serem criadas novas ciclovias na cidade. A notícia surge hoje na comunicação social (por exemplo, Rádio Universitária do Minho e Correio do Minho), como um verdadeiro balde de água fria para os cidadãos de Braga.
Na notícia do CM, podemos ler que:
Através da notícia que passou hoje nos noticiários da RUM e que está também no seu site, ficamos a saber que:Na sequência de um encontro com um grupo de cidadãos subscritores de uma proposta de mobilidade sustentável, a CDU recomendou à Câmara de Braga que contemple espaços para a circulação de bicicletas nas praças que estão a ser requalificadas no âmbito do projecto de regeneração urbana.
Carla Cruz, daquela força política, defendeu igualmente a criação de uma ciclovia entre a estação ferroviária, a central de camionagem e a Universidade do Minho, a par de zonas exclusivas a bicicletas nas avenidas 31 de Janeiro e da Liberdade.
Entre outros aspetos, a proposta dos comunistas e dos Verdes chumbada pela maioria absoluta do PS, apontava para a criação de uma ciclovia que ligasse o Campus de Gualtar da Universidade do Minho às estações ferroviária e rodoviária.
No final da reunião deste fim-de-semana do “parlamento” concelhio a deputada Carla Cruz explicou à Rádio Universitária os pontos centrais deste projeto da CDU, "aproveitando as obras de regeneração urbana que fosse promovida a mobilidade de veículos não poluentes, que criasse um novo circuito que ligasse os terminais ferroviário quer o terminal de camionagem com a universidade. E ainda corredores verdes e também estacionamento para esses veículos, já que não existem", referiu ainda a deputada.
A CDU acusa a maioria PS de “desvalorizar” os transportes não poluentes ao recusar esta proposta da CDU. Uma proposta, acentua Carla Cruz, que deveria ficar como um “legado” à cidade no ano da Capital Europeia da Juventude.
Com os votos da maioria PS, a Assembleia Municipal de Braga rejeitou este fim-de-semana esta recomendação.
É bom ver que pelo menos uma das forças políticas de Braga com que já tivemos a oportunidade de reunir está realmente sensibilizada para este tipo de necessidades da cidade de Braga. Faz todo o sentido aproveitar as obras de regeneração para melhorar a ciclabilidade da cidade. E faz também todo o sentido ligar as interfaces de transportes públicos à Universidade do Minho com algum tipo de via ciclável, já que é entre esses pontos que podemos esperar uma maior adoção da bicicleta nos próximos tempos.
É de lamentar, contudo, que a Assembleia Municipal recuse tomar medidas práticas onde elas são necessárias, no sentido de promover a segurança dos cidadãos que se fazem deslocar de bicicleta ou que desejam passar a utilizar este meio de transporte.
E ainda não percebemos como é que Braga, sendo este ano Capital Europeia da Juventude, não está a investir nada na criação de infraestruturas para promover aquele que é sem dúvida um dos principais meios de transporte utilizados pelos jovens e que, por ser económico, ecológico e saudável, merece ser uma aposta para o futuro. Será que, afinal, esta Braga CEJ é só mesmo "para inglês ver"?…
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