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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PSP de Braga vai patrulhar as ruas em Segway e bicicleta, já a partir deste ano

PSP de Braga vai ter patrulhas em bicicleta e Segway a partir da primavera

O "Projeto de Policiamento Velocipédico e Segway" vai arrancar já este ano, a partir da primavera, de acordo com as notícias publicadas hoje nos nossos jornais locais.

A PSP de Braga vai receber 2 veículos de transporte unipessoal da conhecida marca Segway (patrocinados pela Câmara Municipal) e 4 bicicletas, para melhorar a mobilidade dos seus agentes e substituir as viaturas que costumam circular nas zonas pedonais e comerciais. Espera-se com esta iniciativa contribuir para uma maior proximidade da PSP com a população de Braga e um aumento da percepção de segurança.

De acordo com as notícias que hoje circularam no Diário do Minho e no Correio do Minho, a fase inicial do projeto de policiamento em Segway e bicicleta inclui duas zonas. A zona 1 incluirá a Estação de comboios e a Central de Camionagem. A zona 2 engloba uma área mais vasta, que vai desde as instalações da PSP, passando pelo centro, até ao Braga Parque e Universidade do Minho (Campus de Gualtar). Ou seja, ficará coberto por este policiamento uma das zonas mais utilizadas diariamente pelos nossos ciclistas (Avenida Central, Rua D. Pedro V, Avenida Padre Júlio Fragata, Rua Nova de Santa Cruz... O presidente da CMB, Ricardo Rio, esteve em visita à PSP e, juntamente com falou aos jornalistas sobre a elaboração da Câmara com aquela entidade neste projeto:

É, pois, com grande agrado que recebemos esta notícia! Sempre defendemos que não fazia sentido as nossas forças policiais circularem de carro pela zona pedonal e desperdiçarem as oportunidades oferecidas por outros meios de transporte. Não só pelos custos que isso implica para as contas públicas, mas também, e sobretudo, pela pouca eficácia que o carro oferece nessas zonas da cidade. A bicicleta, com os seus custos de aquisição e manutenção reduzidíssimos e com a sua capacidade de chegar rapidamente a todo o lado, será certamente um excelente novo aliado para as forças que asseguram a segurança pública. Quanto aos veículos Segway, que apesar do preço bastante elevado têm a vantagem de serem bem mais económicos que o carro em termos de consumo e bem menos poluentes em termos de emissão de gases e produção e ruído, darão à cidade de certa forma um "colorido" mais moderno e simpático...

Estamos certos também de que estas novas patrulhas em bicicleta terão um papel decisivo para o aumento da segurança dos ciclistas na cidade de Braga. Não só contribuirão para uma maior consciencialização dos automobilistas relativamente à correta partilha da via com os utilizadores de bicicleta (distâncias de segurança, velocidades, regras de prioridade em rotundas e cruzamentos, ultrapassagem em segurança, etc), como também, aqui e ali, poderão sensibilizar os ciclistas para as regras do Código da Estrada e outras medidas de segurança importantes (circular na faixa de rodagem da direita, evitar usar passeios estreitos, usar luzes e refletores, respeitar os semáforos, etc.).

E não podemos deixar de lançar uma sugestão ou desafio à PSP de Braga. E que tal se aproveitássemos este ano em que Braga é Capital Jovem da Segurança Rodoviária e em que a PSP dá início às patrulhas em bicicleta para, em parceria com as escolas da cidade, serem realizadas ações de formação (dirigidas a alunos e professores) sobre o uso da bicicleta como meio de transporte, demonstrando as suas vantagens e ensinando algumas das regras básicas de circulação na estrada?

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Programa Ciclovias Interurbanas do CÁVADO BRAGA

No passado dia 19 de Setembro, realizou-se no Museu Nogueira da Silva uma apresentação, seguida de debate, organizada pela Comunidade Territorial de Cooperação CIM Alto Minho/CIM Cávado/ INORDE sobre Ciclovias Intraurbanas de Braga, no âmbito do seminário sobre MOBILIDADE Sustentabilidade e Inovação. Um leitores do Braga Ciclável teve a gentileza de nos fazer chegar, a posteriori, os diapositivos utilizados nessa mesma apresentação. Infelizmente, não soubemos da existência da mesma com a necessária antecedência, pelo que não pudemos assistir. Ficamos gratos, por isso, ao leitor que nos enviou o ficheiro bem como ao autor, por nos ter autorizado a sua publicação neste espaço.

Vamos então espreitar a apresentação, que pode ser consultada integralmente no site da CIM Cávado.



São propostas 6 ciclovias (1 já existente, 1 parcialmente existente e 4 por construir), são elas:

Ciclovia dos Estudantes
Liga a Universidade à Estação CP e continua até à junta de freguesia de Frossos.

Temos um pequeno reparo a fazer nesta "ciclovia": esta desvia-se na Rua de S. Victor para uma estrada com piso irregular em paralelo (Rua Martins Sarmento e Rua Beato Miguel de Carvalho), segue por uma estrada de sentido único (Rua 25 de Abril), subindo depois a Av. da Liberdade, virando para o agora Museu do Traje Dr. Gonçalo Sampaio e subindo pela Rua de S. Vicente, passando pelo Largo Carlos Amarante e continuando pela Rua D. Afonso Henriques até descer a Rua Dom Frei Caetano Brandão e virando à esquerda para a Rua Visconde Pindela.



A amarelo, descrevemos o percurso alternativo que propomos.


O desvio contemplado no projeto original perfaz um total de 2,1 km com descidas, subidas e muitas curvas. Ora, um ciclista urbano escolhe sempre o caminho mais direto e mais rápido, e de preferência com piso adequado a todos os tipos de bicicletas.
Assim sendo, faria muito mais sentido continuar de forma natural o percurso pela Rua de S. Victor e, chegando à Sra.-a-Branca, entrar numa zona partilhada entre peões e ciclistas. Essa zona partilhada poderia impor um limite de velocidade para estes últimos, tal como é feito em Barcelona onde nas zonas pedonais o ciclista não pode circular a mais de 15 km/h). Esta alteração resultaria num percurso bastante mais agradável e com uma extensão de 1,6 km, sem curvas, sem paragens e direto.

A nosso ver, esta ligação é fundamental, por voltar a ligar a cidade à Universidade e por ser um dos trajetos que mais procura tem (pode verificar-se isto utilizando-a diariamente, ou consultando o Mapa Braga Ciclável.

Pensamos ainda que esta ciclovia se podia prolongar para Este até à rotunda da paz em Gualtar.

Ciclovia do Rio Este
Liga o INL até à Junta de freguesia de Celeirós.

Aconselhamos a criar o resto do percurso como pista ciclável partilhada, separada, com uma largura mínima de 3,7m (bidirecional: 2,20 m de pista ciclável + 1,50 m de passeio). É menos confuso e é mais agradável para todos os seus utilizadores, peõs e ciclistas. Tem que ser devidamente marcada e sinalizada e construída.

Estas recomendações estão numa das muitas brochuras do IMTT:



Ciclovia do Monte Picoto
Esta ciclovia faz a ligação entre a ciclovia da Nascente, passando pelo Monte do Picoto, "rasgando" a cidade pela Av. 31 de Janeiro (como anteriormente defendi a criação de uma ciclovia nesta Avenida), subindo a Rua Santa Margarida e pretendendo-se ligar ao futuro Parque Norte. Esta ciclovia permite a ligação em rede de outras 3 ciclovias, a Nascente (ou de Lamaçães), a dos Estudantes e a do Rio Este. No entanto, ao chegar à Santa Margarida toma um rumo errado. Sobe aquela que será porventura a subida mais íngreme do casco urbano de Braga, a Rua de Camões, que liga à Universidade Católica. Seria preferível continuar a subida pela Rua Santa Margarida e aproveitar depois a Rua Dr. Domingos Soares para servir também a população da escola secundária Sá de Miranda.


A amarelo, o percurso alternativo que propomos.

Poderia depois continuar o percurso proposto até à Rua Engenheiro João Teixeira da Silva, onde entraria nos terrenos do futuro Parque Norte, e ligaria à Rua Quinta de Cabanas, terminando na atual Esprominho.

Ciclovia dos Estádios
Este traçado parece ser o ideal. Apenas acrescentaríamos uma ligação à ciclovia do Monte Picoto através da Rua Dr. Francisco de Noronha, para aqueles que não se querem atrever a subir a Rua Abade Loureira.

A amarelo, o percurso alternativo que propomos.


Ciclovia Nascente
Antes de apontar os problemas convém referir que vemos com muito bons olhos o prolongamento da mesma até à Universidade do Minho.

Esta ciclovia (ciclocoisa, vá) tem bastantes problemas:
  • Estacionamento (legal) entre a ciclovia e o passeio
  • Este é um dos grandes problemas desta ciclovia. Problema esse que já gerou vários acidentes. E apenas poderá ser resolvido com uma redefinição do trajeto desta ciclovia.

    Neste momento temos:
    Via Automóvel --- Ciclovia --- Estacionamento ---- Passeio

    Temos que passar a ter:
    Via Automóvel --- Estacionamento ---- Zona de segurança (0,80cm) ---- Ciclovia --- Passeio

  • Estacionamento ilegal na ciclovia (em 2ª fila)
  • Denota a falta de civismo de certos automobilistas e também uma notória falta de controlo policial. Todos os dias, ao longo de toda a ciclovia, encontramos vários automóveis estacionados a impedir a circulação de bicicletas no local que para elas foi desenhado. Apesar de tudo o que de mal possa estar feito nesta ciclovia, nada justifica este tipo de estacionamento.

    Patrulhas a pedal rapidamente resolveriam este problema, de forma simples e eficaz.

    Na rotunda do Hotel de Lamaçães as pessoas estacionam os automóveis em cima da ciclovia para se deslocarem ao Multibanco!
    Nesta mesma zona existem automóveis, quer de um lado quer do outro, estacionados em cima da ciclovia.
    Na zona da BikeZone, Maria Bolacha, etc é praticamente impossível circular pela ciclovia com tantos carros que estacionam em cima da mesma.
    Na rotunda da Media Market, um veículo de cargas e descargas estaciona constantemente na ciclovia. Se não está o camião, está um carro.

  • Peões a circularem na ciclovia
  • É algo que conseguimos entender, e encontramos duas justificações possíveis:

    -Uma vez que o passeio não tem manutenção e é feito em tijolo, torna-se desconfortável, o que leva as pessoas a optarem pela zona com piso mais uniforme: a ciclovia. O problema é que colocam em risco a sua integridade física, pois muitas vezes atravessam o estacionamento pela parte de trás do automóvel, o que poderá originar acidentes graves para o peão. Em certos sítios os passeios não possuem rampas nos lancis, enquanto que a ciclovia tem. Para um carrinho de bebé, ou uma cadeira de rodas, a ciclovia é muito melhor nestas situações.
    -As pessoas desconhecem o significado da sinalética colocada. Isto é uma lacuna na educação das escolas básicas e secundárias.

    A solução passa por melhorar as condições dos passeios e apostar na educação das futuras gerações. Isto consegue-se através da inserção nas escolas de matéria relativa ao trânsito com ênfase na circulação a pé e/ou de bicicleta e na explicação dos benefícios destas duas opções.


  • Rotundas
  • Vamos recorrer, mais uma vez, à brochura do IMTT para abordar, agora, o tema das rotundas:

No caso das rotundas que se encontram ao longo dos percursos cicláveis e que apresentam uma dimensão que não permite aos ciclistas a sua utilização em segurança é imprescindível retirar a circulação das bicicletas do anel da rotunda (Figura 18) ou mesmo encontrar percursos alternativos que evitem a rotunda

Resumindo:
Os princípios de conceção de rotundas têm evoluído nos últimos anos, no sentido de que estas devem ser compactas e induzir velocidades mais moderadas.


  • Pouca sinalização vertical e horizontal
  • Ao longo de todo o trajeto vemos poucos sinais indicativos da presença de uma ciclovia nesta zona.
    O mesmo se passa na sinalização horizontal, os únicos locais onde o sinal informativo da presença da bicicleta está pintado e colocado é à entrada das rotundas. Ao longo do resto do percurso não existe sinalética indicativa da presença de uma ciclovia exclusiva para ciclistas.


Ciclovia Circular
Esta ciclovia ligaria todos os serviços de interesse (escolas,unidades de saúde, iefp, igrejas, shoppings, etc) às 5 ciclovias anteriores. Assim teríamos já uma infraestrutura inicial bastante agradável para a nossa cidade que tem um potencial enorme para abraçar a bicicleta.

A amarelo um percurso que repescamos para ligar as escolas D.Maria II e Carlos Amarante à rede.


Agora comparemos a proposta feita no programa:



Com a proposta já com as nossas alterações:



Segundo o programa, as próximas fases devem passar pela integração das faixas ou pistas cicláveis na malha urbana da seguinte maneira:




Reparem na 1ª proposta e olhem para a que cheguei a apresentar aqui para a 31 de Janeiro:


Consideramos que o programa é válido na maior parte do seu conteúdo, e que seria uma importante mais-valia para a cidade de Braga. Com pequenos ajustes, pode ser a alavanca que a cidade precisa para se colocar na vanguarda da mobilidade sustentável, a nível nacional.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Programas eleitorais dos candidatos à Junta de Freguesia de S. Vítor - a mobilidade sustentável

Na reta final do período de campanha para as Eleições Autárquicas de 2013, e na sequência da Carta Aberta recentemente dirigida aos candidatos de Braga, fomos consultar os programas eleitorais dos candidatos à Junta de Freguesia de S. Vítor e selecionamos alguns dos tópicos que dizem respeito ao incentivo e facilitação do uso da bicicleta e, de um modo mais alargado, à promoção da Mobilidade Sustentável.

Esperamos que esta análise possa ser útil para a definição da vossa opção de voto de uma forma mais informada.

Fernando Correia - Cidadania Em Movimento (CEM)

  • Pressionar o executivo municipal para que crie eixos cicláveis que facilitem a mobilidade e acessibilidade às escolas e interfaces de transportes


António Esperança - Coligação Democrática Unitária (CDU / PCP-PEV)

  • Lutar pela conversão da A. Pe. Júlio Fragata, Av. Frei Bartolomeu dos Mártires e Av. João Paulo II em vias com caráter urbano, rejeitando o formato atual de via rápida, através da eliminação da divisão física da freguesia e criando condições para uma utilização mais fácil e segura para os peões e ciclistas.
  • Permitir a circulação de velocípedes nas vias de acesso reservado a transportes públicos na Rua D. Pedro V e Rua Nova de Sta. Cruz.
  • Defender a criação de zonas com limite de velocidade de 30km/h no interior de bairros residenciais e junto a escolas, recorrendo a medidas de acalmia de tráfego e desincentivar o atravessamento automóvel nestas áreas.


Coligação Juntos Por Braga (PPD/PSD, CDS-PP, PPM)

  • Insistência na reformulação da passagem da Rua D. Pedro V com a Rua Nova de Santa Cruz.
  • São Victor Ciclável - investir na promoção do uso da bicicleta, advogando uma freguesia mais amiga do ambiente e mais propícia à prática do exercício físico, bem como da salutar fruição do cicloturismo. Queremos propor itinerários, faixas cicláveis e equipamentos de apoio que permitam concretizar este projeto.


Ricardo Vasconcelos - Partido Socialista (PS)

  • Apoiar e colaborar no projeto de ligação viária e pedonal entre a Rua D. Pedro V e a Rua Nova de Santa Cruz previsto no Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Centro Histórico;
  • Promover a utilização da bicicleta alargando a rede ciclável entre escolas e interfaces de transportes bem como a implementação de um sistema de bicicletas partilhadas;
  • "São Victor Sem Carros" - onde se pretende o encerramento de uma rua ao trânsito automóvel durante um dia (sábado ou domingo), possibilitando a circulação de bicicletas e o aproveitamento do espaço público para outras atividades. Pretende-se ainda a criação de um link na página da freguesia, onde seja possível aos habitantes da freguesia a inscrição das suas ruas;
  • Melhorar a acessibilidade e a qualidade de vida urbana, diminuindo a poluição atmosférica e sonora através de uma maior utilização do transporte público e dos modos suaves, ajudando a autarquia a cumprir as recomendações do Livro Verde.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Câmara Municipal de Braga lança nova campanha sobre ciclovias e espaços verdes

O departamento de comunicação da Câmara Municipal de Braga acaba de lançar o seguinte vídeo sobre as obras em curso e projetos para o futuro, no que se refere a espaços verdes e vias cicláveis para a cidade de Braga.

Um dado interessante: para além da referência à requalificação do Rio Este, este vídeo fala em cerca de 29km de ciclovias, a maior parte dos quais ainda por construir mas, pelos vistos, a caminho da sua construção para breve.

A mesma mensagem aparece reforçada na exposição recentemente colocada no centro, sobre a mesma temática. Um dos expositores, cuja foto foi partilhada hoje pelo Eng. Rui Gonçalves no grupo Braga Ciclável no Facebook, fala precisamente das vias cicláveis já existentes e das que serão brevemente construídas: Expositor ciclovias cmb

Ou seja, ficamos assim a saber de projetos "desenvolvidos entre 2009 e 2013" onde se contempla uma "rede de percursos e corredores cicláveis", dividida por três tipologias:

  • Pistas Cicláveis (total: 9,44km)
    • Ao longo do Rio Este (3155,4m)
    • Ao longo da Rodovia:
      • Rotunda Santos da Cunha - Estação (836,4m)
      • Santos da Cunha - UM (4166,1m)
      • Grundig-Rotunda Santos da Cunha (1279,4m)

  • Faixas Cicláveis (total: 5,98km)
    • Cruzamento UM - Senhora a Branca (1386,4m)
    • Rotunda Continente - Senhora a Branca (2298,7m)
    • Aldeamento Quinta da Capela - Picoto (623,2m)
    • Avenida da Liberdade - Palmes (1044,9m)
    • Rio Este - Senhora a Branca (623,4m)

  • Vias partilhadas (coexistência) (total: 13,51km)
    • "rede que se desenvolve na Área central Urbana - Cidade Consolidada - Lamaçães e que complementa a rede de pistas e faixas cicláveis propostas"

Sendo esta uma comunicação oficial da própria CMB (e não uma qualquer ação de campanha eleitoral com origem num dos candidatos), será então de supor que até ao final do atual mandato estará em curso a maior parte destes projetos. Então, isto significa que ainda este ano vamos ter em Braga um total de 9,5km de ciclovias, mais 6km de ciclofaixas, mais 13,5km de vias partilhadas com sinalização adequada, etc. Não tinha conhecimento de todos estes planos da CMB para o ano corrente. Devo dizer que é um excelente começo, caso se concretize. Não só abrange a zona da Grundig à Universidade do Minho, como liga também à Estação.

Contudo, e olhando para a informação que tem circulado nos jornais, não posso deixar de questionar sobre até que ponto serão exequíveis todos estes projetos dentro do prazo ali referido (entre 2009 e 2013). Em matéria de vias cicláveis, até ao momento, creio que apenas as obras do Picoto e o do Rio Este estão em curso. Ou seja, falta começar as obras em 6,3km de pistas cicláveis, em todas as faixas cicláveis e em todas as zonas de convivência.

Quando começam essas obras? Vão ser realizadas só depois de terminar o verão, quando voltarem as chuvas? Ou ficarão apenas para depois das eleições, caso o atual executivo continue em funções? E o que acontecerá caso haja uma reviravolta nas já próximas eleições de setembro? Estes projetos agora anunciados pela Câmara Municipal de Braga serão simplesmente arquivados pelo novo executivo, ou terão ainda assim algum tipo de continuidade?

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Junta de Freguesia de São Victor manifesta apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável

Junta de Freguesia de São Victor (Braga)

A Junta de Freguesia de São Victor decidiu juntar o seu nome à lista de instituições de Braga que já manifestaram o seu apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável, a iniciativa que o Braga Ciclável lançou há cerca de um ano em conjunto com diversas instituições da cidade de Braga. Por decisão unânime, aquela autarquia afirma subscrever os princípios gerais desta proposta.

O dossiê, que contempla um conjunto de sugestões para a promoção do uso da bicicleta na cidade de Braga, foi apresentado em 2012 à CMB e às diversas forças políticas da cidade. Contou desde o início com o apoio público do blog Braga Ciclável, dos Encontros Com Pedal, da Associação de Cicloturismo do Minho e do Clube de Cicloturismo de Braga, e tem vindo a receber posteriormente outros apoios de diversas instituições da cidade de Braga. Trata-se de uma iniciativa de cariz apartidário, sendo que qualquer entidade da cidade de Braga pode manifestar, se assim o entender, o seu apoio público a esta iniciativa.

A todos, agradecemos o voto de apoio. Vamos fazer de Braga uma cidade mais amiga dos ciclistas!

domingo, 5 de maio de 2013

Amigos de S. Domingos/S. Vítor manifestam apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável


A Associação Os Amigos de S.Domingos/S. Victor, A.R.C.D.S. decidiu juntar o seu nome à lista de instituições de Braga que já manifestaram o seu apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável, a iniciativa que o Braga Ciclável lançou há cerca de um ano em conjunto com diversas instituições da cidade de Braga.

O dossiê, que contempla um conjunto de sugestões para a promoção do uso da bicicleta na cidade de Braga, foi apresentado em 2012 à CMB e às diversas forças políticas da cidade. Contou desde o início com o apoio público do blog Braga Ciclável, dos Encontros Com Pedal, da Associação de Cicloturismo do Minho e do Clube de Cicloturismo de Braga, e tem vindo a receber posteriormente outros apoios de diversas instituições da cidade de Braga. Trata-se de uma iniciativa de cariz apartidário, sendo que qualquer entidade da cidade de Braga pode manifestar, se assim o entender, o seu apoio público a esta iniciativa.

A todos, agradecemos o voto de apoio. Vamos fazer de Braga uma cidade mais amiga dos ciclistas!


sábado, 4 de maio de 2013

Novos apoios à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável: ASPA, AAEUM e Pioneiros da U.M.

Associação dos Antigos estudantes da Universidade do Minho - AAEUM

O convite lançado à sociedade bracarense para se unir em torno da causa da mobilidade sustentável e da promoção do uso da bicicleta na cidade de Braga continua a ser aceite por diversas entidades. A Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável passa agora a contar também com o apoio formal da ASPA - Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural, da rede social PIONEIROS da U.M. e da AAEUM (Associação dos Antigos Estudantes da Universidade do Minho).

Este dossiê, que contempla um conjunto de sugestões para a promoção do uso da bicicleta na cidade de Braga, foi apresentado em 2012 à CMB e às diversas forças políticas da cidade. Contou desde o início com o apoio público do blog Braga Ciclável, dos Encontros Com Pedal, da Associação de Cicloturismo do Minho e do Clube de Cicloturismo de Braga, e tem vindo a receber posteriormente outros apoios de diversas instituições da cidade de Braga. Trata-se de uma iniciativa de cariz apartidário, sendo que qualquer entidade da cidade de Braga pode manifestar, se assim o entender, o seu apoio público a esta iniciativa.

A propósito desta iniciativa, a direção da AAEUM salienta que não só defende estas propostas de infraestruturas, como tem vindo já a propor especificamente o desnivelamento urgente entre a “circular” Av. Padre Júlio Fragata e a Rua D. Pedro V. Considera um enorme erro urbanístico a atual divisão da freguesia de S. Vítor e da cidade em duas, que dificulta o acesso por peões e ciclistas entre essas duas zonas da cidade. Também a ASPA refere ser esta questão da mobilidade um tema que lhe é especialmente caro, tendo já abordado recentemente a questão da mobilidade sustentável e da promoção do uso da bicicleta.

A todos, agradecemos o voto de apoio. Vamos fazer de Braga uma cidade mais amiga dos ciclistas!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Paróquia de São Vítor manifesta apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável

Igreja São Vítor - Braga

A Paróquia de São Vítor decidiu juntar o seu nome à lista de instituições de Braga que já manifestaram o seu apoio público à Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável, a iniciativa que o Braga Ciclável lançou há cerca de um ano em conjunto com diversas instituições da cidade de Braga.

A Proposta Para Uma Mobilidade Sustentável, que contempla um conjunto de sugestões para a promoção do uso da bicicleta na cidade de Braga, foi apresentada em 2012 por um grupo de cidadãos às várias forças políticas com representação na autarquia. Nesse sentido, foram realizadas diversas reuniões, com o Eng. Rui Gonçalves, do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente da Câmara Municipal de Braga, com o vereador Ricardo Rio, do PSD, com Carlos Almeida e Carla Cruz, do PCP e com Miguel Coelho e José Ribeiro, membros da concelhia do Bloco de Esquerda de Braga.

Proposta Para Um Mobilidade Sustentável - Promoção do uso da bicicleta em Braga

Decorrido um ano desde a data da elaboração do documento, cerca de 10 meses desde a sua apresentação à CMB e 6 meses desde a reunião de seguimento convocada pela CMB, o conteúdo da Proposta mantém-se inteiramente atual, uma vez que até ao presente ainda não parece ter sido colocada em prática nenhuma das medidas sugeridas.

O dossiê, que contou desde o início com o apoio público do blog Braga Ciclável, dos Encontros Com Pedal, da Associação de Cicloturismo do Minho e do Clube de Cicloturismo de Braga, conta também mais recentemente com o apoio do Projeto Bracarae, do BragaOn e, a partir de agora, da Paróquia de São Vítor.

A todos agradecemos o voto de apoio, e aproveitamos para lembrar que qualquer instituição da cidade de Braga pode manifestar também o seu apoio público a esta iniciativa.

Vamos fazer de Braga uma cidade mais amiga dos ciclistas!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #60

Ciclistas Urbanos em Braga

O Albert vem da Austrália e é cientista. Trabalha atualmente como investigador no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), na área da Química, e usa a bicicleta diariamente para ir para o emprego, na zona de Gualtar, bem como para todas as suas outras deslocações na cidade. É um meio de transporte rápido, económico, ecológico e prático.

sábado, 21 de abril de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #43

Ciclistas Urbanos em Braga

O Paulo mora na zona do Braga Parque e usa a bicicleta no seu dia a dia para todo o tipo de deslocações na cidade, em trabalho e em lazer.


Nota:

Esta zona da cidade, para além de acolher um movimentado centro comercial, é também uma zona residencial importante. Dali partem já diariamente vários ciclistas em direção aos seus locais de trabalho, no centro, e não só.

As vias de acesso ao centro da cidade são evidentemente cruciais para quem mora nesta parte da cidade. Para quem vai de bicicleta, contudo, há alguns obstáculos que certamente desencorajam os ciclistas menos experientes e que poderão colocar em risco os mais aventureiros.

Uma das principais vias de acesso ao centro é a Rua D. Pedro V, de que já temos aqui falado algumas vezes (aqui, aqui, aqui, ou aqui). No entanto, para chegarem até essa rua, os ciclistas que partem da zona do Braga Parque têm de percorrer primeiro a Avenida Padre Júlio Fragata, bem conhecida pelo seu trânsito acelerado e pelos ocasionais acidentes. Não será pois de estranhar que alguns ciclistas prefiram seguir pelo passeio, uma solução de desenrasque que, para além de ser ilegal, tem outros inconvenientes (piso escorregadio quando chove, interrupções ao longo do caminho, cruzamento com peões...).

Esta importante zona comercial e residencial, bem como o Campus de Gualtar e as suas áreas residenciais adjacentes, justificam plenamente a pertinência de uma via ciclável bem planeada, a ligar Gualtar diretamente ao centro da cidade e à Estação. Sobretudo se pensarmos que também ali se encontra o novo Hospital (e sim, também já conversei com pessoas que lá se deslocaram de bicicleta, apesar daquelas subidas a pique) e que a cidade tenderá a crescer para esses lados nos próximos tempos.

Ciclistas Urbanos em Braga #42

Ciclistas Urbanos em Braga

O Vítor Oliveira é músico. Vem da freguesia de Real e usa a bicicleta diariamente para se deslocar para o trabalho e não só. O seu piano seria certamente difícil de carregar numa bicicleta, mas muitas vezes (tal como na data em que tirámos esta foto) traz consigo o seu segundo instrumento, um saxofone.

Lamenta que em Braga as pessoas ainda não adiram muito a este meio de transporte, bem mais comum noutras grandes cidades europeias, e também que não haja por cá vias mais bem preparadas para acolher os ciclistas.

domingo, 15 de abril de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #37

Ciclistas Urbanos em Braga

O sr. Alexandre vai quase todos os dias de bicicleta para o trabalho, desde há cerca de 3 anos. Vem da zona do Braga Parque e atravessa o Centro em direção ao Arco da Porta Nova. Entre as várias vantagens da bicicleta, destaca o tempo que esta lhe permite poupar: a deslocação porta a porta, num percurso de 3 a 4 km em cidade, demora efetivamente menos tempo usando a bicicleta, em vez de levar o carro.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #27

Ciclistas Urbanos em Braga

O Carlos Ferreira é um jovem empreendedor, que acredita no potencial da bicicleta para melhorar a qualidade de vida na cidade de Braga. Há algum tempo atrás, decidiu criar uma empresa de aluguer de bicicletas, que vem sendo uma excelente mais-valia para a cidade, sobretudo na área do turismo.

Nota:

O passeio que vemos nesta foto é um dos atalhos habitualmente usados pelos ciclistas que chegam à Avenida Central vindos da Av. 31 de Janeiro ou da Rua D. Pedro V.

Para além do sempre indesejável confronto com os peões, é de referir que este tipo de piso é demasiado escorregadio quando chove. Seria, pois, importante encontrar uma solução mais segura e eficaz para fazer a ligação, para ciclistas, entre as várias vias que se cruzam no Largo da Senhora-a-Branca.

sábado, 31 de março de 2012

Rua D. Pedro V está a precisar de uma regeneração…

Cadeira de rodas, na rua D. Pedro V

Por várias vezes, ao passar de bicicleta pela Rua D. Pedro V, tenho assistido a algo que me incomoda profundamente. Os passeios deixam muito a desejar e é frequente os peões terem de se desviar para a faixa de rodagem, devido à largura insuficiente e/ou ao piso irregular do passeio.

A situação é preocupante porque implica um risco aumentado de acidentes com peões. Mas é particularmente grave o facto de suceder com alguma regularidade (tal como tive a oportunidade de registar nesta foto) com os utilizadores de cadeiras de rodas e quem tem de transportar carrinhos de bebés.

Ao longo de praticamente toda a extensão desta via, há lugar para estacionar gratuitamente automóveis, à vontade (embora nem sempre de forma legal). No entanto, parece que falta espaço nesta rua para criar passeios com melhores condições. Serão os automóveis mais importantes do que as próprias pessoas?...

Ciclistas Urbanos em Braga #19

Ciclistas Urbanos em Braga

O Bruno começou há cerca de um mês a ir de bicicleta para o trabalho. Entre os percursos que faz habitualmente, destaca-se a famosa rota da Rua D. Pedro V, entre a zona da Gulbenkian e o centro da cidade.

Nota:

Como já vimos afirmando com certa regularidade, a Rua D. Pedro V é uma das principais vias de circulação de ciclistas em Braga, que precisa de algumas pequenas adaptações no sentido de melhorar a segurança para peões (ainda há dias vi uma cadeira de rodas a circular na faixa de rodagem, por não conseguir ir pelo passeio, e todos os dias vejo peões a caminhar na faixa de rodagem, porque o passeio é estreito demais), para ciclistas (no mínimo, sinalização horizontal e vertical em ambos os sentidos, a autorizar a circulação e a avisar da presença de ciclistas).

Seria importante melhorar o piso no trecho entre a Junta de Freguesia de São Vítor e a Avenida Central (zona do Largo Senhora-a-Branca). As ruas de paralelo são uma desgraça para a mecânica das bicicletas, e um veneno para as articulações dos ciclistas…

Falta também, atualmente, neste ponto, uma ligação mais lógica para o percurso de que vem de bicicleta. Alguns ciclistas vão de bicicleta até à passadeira que está logo antes do cruzamento com a Rua do Sardoal, e atravessam aí para a parte pedonal da Av. Central; outros atravessam nas passadeiras da Av. 31 de Janeiro e da Rua do Raio, e fazem depois um trecho pelo passeio até à Av. Central. Mas falta ali uma ligação mais lógica, sem obrigar a apear e/ou usar passadeiras e passeios.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #13

Ciclistas Urbanos em Braga

O Filipe atravessa diariamente a cidade de bicicleta, entre a Estação e a Universidade do Minho (Campus de Gualtar).

Nota:

Senhores autarcas, e demais responsáveis nesta matéria: é urgente criar um corredor de circulação para ciclistas, direto e com condições adequadas, entre a Estação de Braga e o Campus de Gualtar.

domingo, 25 de março de 2012

Sobre a necessidade de ciclovias

Sempre que se fala de promoção do uso da bicicleta na cidade, discute-se a necessidade de ciclovias. Não sou nenhum perito em urbanismo ou em ordenamento de trânsito mas, enquanto cidadão e utente das ruas e da bicicleta, tenho algumas humildes opiniões sobre o assunto. Acrescente-se a isto que a minha experiência e as minhas sugestões mais específicas referem-se quase sempre à cidade de Braga, onde resido atualmente e onde vou votar em todas as eleições (leram bem isto, senhores governantes?).

As ciclovias, se forem bem pensadas e bem implementadas no contexto de uma rede de vias cicláveis (ou seja, o conjunto dos diferentes tipos de vias onde circularão as bicicletas na cidade e arredores), podem ser uma peça importante na criação de condições para uma maior utilização da bicicleta nesta cidade.

Devem ligar de forma lógica e integrada, e bidirecionalmente, todos os pontos principais da cidade, incluindo as estações terminais de transportes públicos, zonas e centros comerciais, polos empresariais ou industriais, zonas habitacionais, áreas de lazer e de desporto, escolas e universidades.

Na conceção de vias cicláveis segregadas (ciclovias, ciclofaixas…), deve evitar-se alguns erros infelizmente muito comuns. Por exemplo: roubar espaço aos peões para criar ciclovias, manter zonas de perigo junto à faixa de rodagem reservada a ciclistas (como lugares de estacionamento sem separador nem distância de segurança) ou permitir ou facilitar a circulação de peões ou de veículos motorizados. Outro erro comum que deve ser evitado é a atribuição de uma largura insuficiente, que impede o cruzamento (nas vias de dois sentidos) ou a ultrapassagem por outros ciclistas, em condições de segurança. É particularmente delicada nestas infraestruturas a intersecção entre vias, pelo que deve ser dada a devida atenção à cuidadosa planificação de entroncamentos, cruzamentos e rotundas. Mau exemplo de como se implementa uma ciclovia, no Porto

Não creio que todas as vias cicláveis tenham de ser necessariamente ciclovias, mas em alguns casos essa é a melhor opção. O importante é que a cidade seja repensada globalmente em função da desejada mobilidade sustentável e seja criada uma rede de vias cicláveis - um mapa da cidade que possa ser proposto aos cidadãos que já usam ou que desejam começar a utilizar de forma regular a bicicleta como meio de transporte.

Mas há mais medidas que fazem falta... Por exemplo:

  • Estacionamentos para bicicletas em quantidade adequada, em locais próprios e com um design funcional (são de evitar os modelos do tipo "dobra-rodas", sendo recomendáveis os estacionamentos em "U invertido")
  • Criação de corredores Bici+Bus (ou eventualmente, Bici+Bus+Moto) em ruas que atualmente têm sentido único apenas para transportes públicos. Um exemplo paradigmático é a Rua D. Pedro V, onde esta medida deveria ser acompanhada, na minha opinião, por uma fiscalização mais assídua do estacionamento ilegal e eventual redução das áreas reservadas a estacionamento automóvel.
  • Promoção da intermodalidade(p.ex., comboio + Bicicleta), assegurando as condições necessárias ao transporte de bicicletas nos comboios entre Braga e outras cidades, e divulgando amplamente essa opção económica e ecológica junto dos estudantes universitários e dos trabalhadores que fazem diariamente essa viagem.
  • Acalmia de tráfego, isto é, a redução da velocidade máxima em certas vias, e a devida fiscalização. Ainda há dias, na vizinha Espanha, vi agentes da autoridade a fiscalizarem uma "zona 30" com radar de segurança. Aqui além de praticamente ainda não existirem zonas 30, pura e simplesmente não existe fiscalização e quase ninguém cumpre os limites de velocidade dentro das localidades.
  • Criação de mais zonas amplas para os cidadãos: retirar espaço aos carros e devolvê-lo prioritariamente a peões, regulando devidamente o seu uso por parte de veículos. Em algumas cidades, existem ruas em que as crianças podem brincar em segurança: os carros e demais veículos são obrigados a respeitar os peões reduzindo a velocidade e dando-lhes sempre prioridade. Em Barcelona, as bicicletas podem usar determinados passeios, mas reduzindo a sua velocidade máxima para 15km/h para evitar acidentes com peões.

Seria interessante e muito útil que algum académico realizasse um estudo com rigor científico, no que se refere à questão da mobilidade sustentável em Braga. Talvez algo do género do que fez o Eng. Paulo Guerra Dos Santos na cidade de Lisboa. Uma análise sistematizada das vantagens de cada meio de transporte, e mesmo da intermodalidade, em diferentes cenários; dos obstáculos atualmente existentes a uma mobilidade mais sustentável e promotora de uma maior qualidade de vida para os cidadãos; e ainda das soluções mais indicadas, numa lógica de conjunto, para esta cidade.

Será que já algum dia alguém da Universidade do Minho elaborou alguma tese sobre estes assuntos?

sábado, 24 de março de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #9

Ciclistas Urbanos em Braga

O Pedro, estudante de Ensino de Filosofia, vai da Universidade do Minho (Gualtar) até à zona da Sé. Para tal, costuma seguir pela Rua Nova de Santa Cruz e depois pela Rua D. Pedro V.

Nota:

O trajeto acima descrito é um dos acessos mais importantes para ciclistas entre o campus de Gualtar e o centro da cidade, e é também uma das principais vias de ligação à estação de comboios. Diariamente, há um conjunto considerável de ciclistas que percorrem essas ruas em ambos os sentidos. É fácil de perceber porquê: apesar de não haver uma forma fácil de atravessar a Avenida Padre Júlio Fragata de bicicleta, é o caminho mais direto e praticamente não tem subidas. Além disso, estas ruas têm pouco trânsito, que geralmente circula a velocidades moderadas.

No entanto, é necessário - no mínimo - colocar sinalização vertical e horizontal que alerte os condutores para presença habitual de ciclistas em ambos os sentidos (parte deste trajeto inclui trechos de sentido reservado a transportes públicos, mas que poderia perfeitamente vir a permitir também a circulação de ciclistas). Faltam, pois, nestas ruas, condições para que os ciclistas possam circular em mais segurança e, já agora, em legalidade.

Ciclistas Urbanos em Braga #8

Ciclistas Urbanos em Braga

O Nuno usa a bicicleta para se deslocar, por exemplo, entre a zona de Gualtar e o centro da cidade. Diz que, na sua opinião, muitos automobilistas ainda não são muito cordiais com os ciclistas, o que dificulta a circulação em algumas vias.


Nota:

Eu, enquanto ciclista, tenho tido uma experiência mista na minha relação com o trânsito. Se, por um lado, os motoristas dos TUB têm sido impecáveis, mantendo distâncias laterais de segurança ao ultrapassar e nunca fazendo "cara feia" quando nos cruzamos numa rua mais estreita, por outro lado nem sempre o mesmo acontece com os automobilistas (incluindo, infelizmente, alguns taxistas).

Em parte, isso deve-se ao facto de os automobilistas ainda estarem pouco familiarizados com a presença de velocípedes a circular na via - algo que irá melhorando à medida que o número de ciclistas for aumentando nas ruas.

Por outro lado, é importante mencionar que em Braga há vias em que a circulação automóvel é feita a velocidades de autoestrada e que, além disso, é ainda praticamente inexistente a sinalização relacionada com a circulação de bicicletas. Seria útil, por exemplo, criar faixas BUS + BICI (à semelhança do que vem sendo implementado com sucesso noutras cidades) devidamente sinalizadas. Na minha opinião, a Rua D. Pedro V, que vemos retratada na foto acima, é um exemplo paradigmático dessa necessidade, já que é utilizada diariamente por muitos ciclistas como via principal de acesso ao centro e à Estação.