Novo endereço: http://bragaciclavel.pt

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #74

Ciclistas Urbanos em Braga

A Anaís mora em Ferreiros e vem sempre de bicicleta para o seu emprego, numa conhecida gelataria do centro. Tal como um a outro colega seu, nem a chuva a desanima de pedalar para o trabalho.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #73

Ciclistas Urbanos em Braga

A Ana Paula, de Maximinos, gosta de usar a sua bicicleta para descontrair mas também para as deslocações quotidianas pela cidade de Braga (ir ao banco ou as compras, por exemplo). Também gostava de ir nela para o trabalho mas, como atualmente trabalha noutra cidade, não tem essa possibilidade.

Diz que costuma encorajar os seus amigos e conhecidos a usar a bicicleta como meio de transporte, porque é mais económico e mais rápido, mas também muito mais agradável que o carro.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Acerca de um comentário à recente reportagem do P3/Público

Na sequência da recente publicação de uma reportagem no P3/Público sobre o Braga Ciclável e o uso da bicicleta em Braga, um leitor do P3 dedicou alguns minutos a escrever o seu testemunho na área de comentários. Pela sua pertinência para o tema que preside a este blog, reproduzimos abaixo o referido texto:

Tendo vivido 10 anos em Braga e passado todos eles entre andar a pé, transportes públicos, de automóvel e, por vezes, de bicicleta, posso dizer que apesar de ser altamente louvável o que o Victor faz, Braga não tem estrutura montada para levar com mais do que 1 ou 2 bicicletas na vias. Infelizmente. E não vejo como é que a moda possa pegar, embora espero estar enganado. Braga é feita de muitas vias rápidas (a Rodovia, por exemplo), muitos sentidos únicos e muito automóvel a enorme velocidade.

Conheço muito bem o percurso efetuado por Victor no vídeo e devo dizer que quando o vi a ter que passar na rotunda do Feira Nova (agora é o Pingo Doce, não é?) para a via que eventualmente passa em frente ao Braga Parque, eu próprio fiquei apreensivo ao vê-lo ter que fazer tal coisa. Se já de automóvel é perigoso andar por essas zonas (entrar nessa rotunda é uma verdadeira corrida de automóveis... Eu de bicicleta fazia-o sempre no passeio nessa zona), então de bicicleta...!

É muito complicado e tirando as estradas como a Rua D. Pedro V (onde no vídeo o Victor acaba), que na essência só se encontram no centro mesmo da cidade, tudo o resto e' aceleração perigosa de automóveis onde o mais rápido vence. Mas espero que a tendência possa obviamente ser revertida a favor das bicicletas.

Ainda que circular de bicicleta no centro histórico de Braga seja bem mais seguro e bem mais prazeroso do que no meu percurso casa-emprego, temos de reconhecer que este testemunho é esclarecedor sobre a situação de Braga, em termos de segurança rodoviária e de promoção da mobilidade sustentável.

Poderia tecer alguns comentários, dizendo que o meu percurso é mais fácil de realizar do que o vídeo dá a entender - e de certo modo até é, depois de aprendermos a conduzir de forma mais ou menos estratégica e de decidirmos voluntariamente correr algum risco. Ou que existem percursos alternativos ao que eu faço atualmente - e existem, embora não tão cómodos nem tão eficientes para quem circula de bicicleta... Mas a verdade é que entrar na zona mais central de Braga, como eu e muitos outros ciclistas temos de fazer diariamente, é na maior parte dos casos uma aventura, com deficientes condições de segurança.

Acredito, como já por repetidas vezes o tenho afirmado, que o comportamento dos demais condutores irá melhorando à medida que mais ciclistas forem circulando nas ruas - a visibilidade acrescida pelo aumento do seu número a isso levará, inevitavelmente. E também à medida que nós ciclistas vamos aprendendo a conviver com o trânsito (sim, que também nós temos responsabilidade na matéria), as coisas irão melhorando.

Mas não chega. O perigoso anel de pseudo-autoestradas que circunda a zona histórica de Braga, da forma como existe atualmente, condiciona o acesso a quem se desloca a pé ou de bicicleta das zonas da periferia.

Vai sendo tempo de Braga modernizar a sua rede viária, tornando mais amiga dos ciclistas, como vem sendo tendência geral em grandes cidades europeias, e não só. Se queremos uma cidade onde é bom viver, não podemos continuar a promover a utilização abusiva do automóvel até para os percursos curtos, nem as velocidades excessivas que por cá se vêem. Se queremos uma cidade onde os nossos filhos possam caminhar em segurança quando saem à rua ou quando vão para a escola, precisamos de desenhar e construir a cidade em função dessa nossa vontade.

domingo, 27 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #72

Ciclistas Urbanos em Braga

O Henrique usa ocasionalmente a bicicleta, mas gostava de ter melhores condições em Braga. Na breve conversa que tivemos, referiu ter tido conhecimento, pela comunicação social, de planos para a disponibilização de bicicletas partilhadas na nossa cidade e mostrou-se curioso quanto ao avanço desse projeto.

 

Notas:

Seria, sem dúvida, excelente ter em Braga uma boa rede de bicicletas partilhadas, que ligasse os principais pontos da cidade, incluindo os serviços públicos, áreas comerciais, universidades, etc. Mas, infelizmente, seja por culpa da temida crise ou, como outros arriscam acusar, por falta de vontade ou coragem política, a verdade é que o projeto das BUTE morreu há muito e o outro projeto, das bicicletas elétricas, parece ter tido destino parecido.

Numa pesquisa pela Internet acerca deste tema, é possível encontrar alguns relatos da época (há cerca de três ou quatro anos), mas aparentemente, nenhum desenvolvimento posterior:

Pessoalmente, e ainda que reconheça as enormes vantagens da implementação de um sistema de bicicletas partilhadas, como os de Barcelona, Londres, Paris ou Aveiro, penso que mais urgente ainda é a criação de uma rede viária ciclável na cidade de Braga. Com ou sem ciclovias, o mais importante é disponibilizar uma rede viária útil, a ligar os principais pontos da cidade de forma tão direta quanto possível, e em condições de segurança para quem se desloca de bicicleta. E estacionamentos para bicicletas nos locais em que são necessários.

Trata-se de um tipo de medidas que não requerem necessariamente um grande investimento financeiro, mas cujas vantagens seriam certamente aproveitadas por todos, ciclistas e não só.

sábado, 26 de maio de 2012

Vídeo-reportagem no P3/Público destaca Braga Ciclável

Site P3 do Público destacou blog Braga Ciclável em vídeo-reportagem

O site P3 do Público acaba de publicar uma vídeo-reportagem sobre a utilização da bicicleta na cidade de Braga. A reportagem inclui um vídeo onde é possível observar uma parte do meu percurso diário casa-emprego e uma breve entrevista a este vosso amigo. Os repórteres Filipa Flores e António Abreu falaram também com outros ciclistas de Braga, e três deles (a Helena e o Paulo, do Braga POP Hostel, e o Carlos, da Go By Bike) aparecem também mencionados na reportagem, relatando um pouco daquilo que são as suas experiências.

É bom ver que o tema da mobilidade sustentável e do uso da bicicleta como meio de transporte vem cativando cada vez mais o interesse da comunicação social. Para além de um certo reconhecimento ao trabalho que este blog tem feito, o mais importante mesmo é o facto de esta exposição nos media poder chamar a atenção de quem ainda ande "distraído" e não repare que os tempos estão a mudar - em algumas coisas, para melhor.

Vale a pena ler a reportagem e ver também o vídeo, que aparece logo no alto da página:

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #70 e #71

Ciclistas Urbanos em Braga

O Javier e a Arancha são de Madrid e, quando visitaram Braga, decidiram alugar bicicletas para passear pela cidade. Pedalar pelo centro foi agradável, dada a pouquíssima inclinação e a existência de um importante conjunto de ruas de trânsito automóvel condicionado.

No entanto, as dificuldades surgiam invariavelmente na hora de visitar um monumento ou um museu, ou quando precisavam de parar para um café ou para almoçar. Encontrei-os junto à Sé, a esforçarem-se para prender as bicicletas àqueles pilares de pedra. Infelizmente, em Braga, não é possível encontrar estacionamentos adequados para bicicletas, e os ciclistas têm de improvisar como podem...

 
Notas:

Todos os anos, temos um número considerável de turistas que chegam à cidade de Braga de bicicleta, ou que por cá alugam bicicletas para visitar a cidade. A falta de estacionamento para bicicletas junto aos monumentos e museus da cidade é sem dúvida uma falha grave, e que é urgente resolver. E também não se compreende como é que ainda não existem estacionamentos junto ao Posto de Turismo, na Avenida Central.

Até eu, que não sou turista, mas que por vezes gosto de fornecer informações úteis a visitantes, já precisei de ir algumas vezes ao Posto de Turismo, deixando cá fora a bicicleta. Senti, como sentem todos os ciclistas em Braga, uma grande insegurança, pelo facto de não poder prender a bicicleta num local adequado.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #69

Ciclistas Urbanos em Braga #69

O Augusto é designer e tem um inequívoco bom gosto que, como podemos ver, se refletiu na escolha de uma bicicleta com linhas simples e elegantes. Na empresa onde trabalha, junto à Sé, já costuma haver regularmente duas bicicletas estacionadas durante o dia.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #68

Ciclistas Urbanos em Braga

O sr. Armando é fisioterapeuta e trabalha no centro. Sempre que pode, vem de bicicleta para o emprego, desde a zona de Lamaçães, onde vive. Para ele, a bicicleta tem várias vantagens, de entre as quais destaca o facto de contribuir para uma vida saudável.

domingo, 20 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #67

Ciclistas Urbanos em Braga

O Rui vive no centro e vai todos os dias de bicicleta para o emprego, na freguesia de Dume.

As 1001 razões para se optar pela bicicleta

O João Pimentel Ferreira, ciclista urbano e membro da MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, elaborou uma interessante apresentação sobre algumas das razões para escolher a bicicleta como meio de transporte. Contrariamente ao que por vezes se pensa, andar de bicicleta não serve só para poupar dinheiro e fazer exercício físico.

O João conseguiu reunir e resumir algumas das principais vantagens, pelo que recomendo vivamente a leitura dos seguintes diapositivos, que ele teve a gentileza de partilhar na Internet.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cidadãos pela mobilidade sustentável dirigem-se à Câmara Municipal de Braga

Câmara Municipal de Braga

Um grupo de cidadãos de Braga, numa iniciativa conjunta do blog Braga Ciclável com os Encontros com Pedal, e que conta com o apoio de outras instituições da cidade, solicitou anteontem formalmente uma audiência com a Câmara Municipal de Braga.

Nessa reunião, cuja data ainda não está confirmada, será apresentada à autarquia uma proposta relacionada com a promoção da mobilidade sustentável, enquanto contributo para a melhoria da qualidade de vida dos bracarenses.

A seu tempo, iremos aqui dando notícia do avanço desta iniciativa, pelo que sugerimos a consulta regular deste espaço a quantos se interessem por esta temática.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #66

Ciclistas Urbanos em Braga

O Nuno é estudante de Física, pratica capoeira e mora na zona do Braga Parque. Usa a bicicleta diariamente, seja para ir para a Universidade, ou para praticamente todas as suas outras deslocações pela cidade.

domingo, 13 de maio de 2012

Cruzamentos seguros em ruas com ciclovias - uma solução adotada na Holanda

Em Portugal, ainda estamos a aprender como havemos de integrar no trânsito as bicicletas (ou "velocípedes", como gosta de lhes chamar o legislador). Uma das principais dificuldades são os cruzamentos de ruas ou avenidas que incluem ciclovias.

Se os cruzamentos (ou as rotundas, que ultimamente estão bastante na moda em Portugal) não forem bem desenhados, existe o risco de atropelamento dos ciclistas por parte de outros veículos. A solução encontrada na Holanda é bem engenhosa e, apesar de tudo, bastante simples. Como não ocupa mais espaço do que um cruzamento tradicional, esta solução pode ser facilmente implementada na maior parte dos casos, com baixo custo e apenas pequenas alterações.

Vejamos como funciona (vídeo em inglês, mas com legendas em Português).

sábado, 12 de maio de 2012

Zona de acidentes na Avenida Antero de Quental, junto ao Braga Parque

Há uns meses, quando decidi escrever uma carta aberta à autarquia, era a isto que me referia. Com a quantidade absurda de acidentes que já se deram neste e nos outros cruzamentos da Avenida Antero de Quental, já vai sendo tempo de a Câmara Municipal de Braga fazer qualquer coisa em relação a esse assunto.

Sem querer retirar a devida responsabilidade aos condutores que circulam nestes cruzamentos da Av. Antero de Quental, a minha opinião é de que grande parte destes acidentes seriam perfeitamente evitáveis se não existissem aquelas duas filas de estacionamento junto ao separador central. A verdade é que nestes cruzamentos os carros estacionados retiram a visibilidade necessária aos veículos que circulam na via.

Como está bom de ver (até pelas setas antigas que ainda se encontram marcadas no asfalto dentro de alguns lugares de estacionamento), estes estacionamentos centrais não haviam sido originalmente projetados aquando da criação desta zona comercial e residencial. Inicialmente havia duas faixas de trânsito em cada um dos sentidos, mais uma fila de estacionamento de cada lado, junto aos passeios. Caso para dizer que foi pior a emenda do que o soneto...

Puxando a brasa à sardinha, diria que há ali espaço mais do que suficiente para criar uma ciclovia entre o Braga Retail Center e o Braga Parque e - porque não? - ligando à zona de Gualtar pela Rua Nova de Sta. Cruz e Rua Quinta da Armada. Bastaria voltar eliminar aquelas duas filas de estacionamento em excesso e reorganizar o espaço e a sinalização.

E, por falar em estacionamento, era boa ideia haver estacionamento para bicicletas no Retail Center e no Braga Parque, mas isso é uma outra conversa…

Ciclistas Urbanos em Braga #65

Ciclistas Urbanos em Braga

Meik Schuetz é engenheiro de software e vem quase todos os dias de Fraião para o seu local de trabalho, na zona da Rua Cidade do Porto. Tal como muitos ciclistas, sempre que pode, tenta evitar o trânsito, em cujas velocidades excessivas (e ultrapassagens perigosas, também) não confia. Sempre que pode vai de bicicleta, em primeiro lugar porque é uma viagem mais agradável e, no fim de um dia de trabalho, pode aproveitar para ir ainda passear por trilhos nas redondezas da cidade.

Para além do trânsito extremamente acelerado em certas ruas e avenidas de Braga, refere a inexistência de ciclovias e Braga como um dos problemas. Quanto à única ciclovia que temos, diz que prefere nem a usar, para não correr certos perigos. Também considera urgente a instalação de estacionamentos para bicicletas, cuja falta sente, por exemplo, sempre que vem às compras.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O espaço que é necessário para transportar 60 pessoas

Espaço necessário para transportar 60 pessoas - carro, autocarro, bicicleta

Esta imagem, que tem corrido mundo, ilustra de forma bastante expressiva as implicações dos diferentes meios de transporte na ocupação do espaço urbano e, consequentemente, na qualidade de vida dos cidadãos. Não será, pois, por acaso que este mesmo tríptico surge afixado nos gabinetes de planeamento de trânsito de certas cidades europeias (e não, não estou a falar da Holanda nem da Dinamarca)...

Quase nem seria necessário tecer comentários, uma vez que as fotos acima se explicam por si. O que vemos é nem mais nem menos que o aspeto com que fica uma rua ou avenida quando 60 pessoas decidem circular em diferentes meios de transporte. O que nestas fotos se revela evidente é que a utilização do automóvel acarreta uma ocupação do espaço urbano que poderíamos considerar excessiva, quando comparada com o autocarro ou a bicicleta.

Daqui podemos facilmente tirar algumas ilações sobre o tipo de cidade que queremos construir para o futuro, para nós e para os nossos filhos.

Quando 60 pessoas (ou 600, ou 6000…) decidem sair de casa para trabalhar, para ir para a escola, ou para ir às compras, por exemplo, mesmo sem se aperceberem estão já contribuir para moldar um certo tipo de ambiente urbano nas ruas por onde passam. O meio de transporte que escolhem usar em cada deslocação marca a diferença.

Por outro lado, também quem tem o poder de decisão em matéria de ordenamento urbano e gestão de trânsito tem a responsabilidade de promover o uso responsável do automóvel, dos transportes públicos e (porque não?) da bicicleta. Essa promoção pode passar por muitas e variadas medidas, umas mais do agrado da mentalidade vigente, outras nem tanto. Mas o que é preciso é ter visão: uma visão de futuro, uma visão global, que não se limite ao benefício imediato nem às flutuações próprias da vida política.

– Se alguém hoje lhe perguntasse em qual dos três cenários acima preferia viver, qual deles escolheria, e porquê?

Ciclistas Urbanos em Braga #64

Ciclistas Urbanos em Braga

O Diogo, de S. Pedro de Este, arranjou uma bicicleta emprestada para vir trabalhar no centro. Conta-nos que tirou carta de condução há pouco tempo e tem aproveitado para desfrutar da novidade, mas nem por isso deixa de usar a bicicleta de vez em quando…

domingo, 6 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #62 e #63 (e ainda um passageiro)

Ciclistas Urbanos em Braga

Esta simpática família irlandesa - o Shane, a Aideen e a sua filha Alexa - escolheram a bicicleta como meio de transporte para passearem descontraidamente pela cidade de Braga.

sábado, 5 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #61

Ciclistas Urbanos em Braga

O sr. Manuel Sampaio, que muito reconhecerão como o bem-disposto anfitrião da Taberna SVBVRA, aproveita para descontrair um pouco ao fim do dia e levar a passear a sua cadela Sura pelo centro. De bicicleta é ainda mais agradável!...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #60

Ciclistas Urbanos em Braga

O Albert vem da Austrália e é cientista. Trabalha atualmente como investigador no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), na área da Química, e usa a bicicleta diariamente para ir para o emprego, na zona de Gualtar, bem como para todas as suas outras deslocações na cidade. É um meio de transporte rápido, económico, ecológico e prático.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #59

Ciclistas Urbanos em Braga

O Gabriel conta-nos que, há algum tempo atrás, já chegou a usar bicicleta para ir para escola. Atualmente tende a usar sobretudo os transportes públicos, mas continua a usar regularmente a bicicleta para passear e praticar desporto, ou para fazer algumas compras, por exemplo.

Gostava de ter melhores ciclovias em Braga e sonha com a criação de um vasto Parque da Cidade na zona das Sete Fontes.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #57 e #58

Ciclistas Urbanos em Braga

O Habib Nurusman e o Supriyono Suwito, dois jovens muito simpáticos e bem-dispostos, vêm da Indonésia e estudam na Universidade do Minho. Usam diariamente a bicicleta para irem para a universidade e para todo o tipo de deslocações na cidade de Braga. À falta de estacionamentos adequados, veem-se obrigados a recorrer aos candeeiros para improvisadamente prender as bicicletas da forma possível…

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ciclistas Urbanos em Braga #55 e #56

Ciclistas Urbanos em Braga

O escritor e fotógrafo Rómulo Duque gosta de fazer as suas reportagens em Braga de bicicleta. Muitos ciclistas certamente o reconhecerão como o fotógrafo dos Encontros com Pedal. Para a Teresa, sua esposa, a bicicleta tem sido sobretudo uma companheira de passeio e de exercício físico. Ambos apontam a falta de estacionamentos adequados para bicicletas como uma das grandes lacunas da cidade de Braga.

Respondendo ao comentário de um leitor, sobre ciclovias em Braga...

Um destes dias, num dos artigos da série "Ciclistas Urbanos em Braga", tivemos um interessante comentário do nosso leitor Miguel Lobo. O seu testemunho, pela pertinência do tema que aborda, merece ser aqui destacado e deveria inclusivamente ser objeto de reflexão por parte de quem decide em matéria de planeamento urbano, ordenamento de trânsito e obras públicas.

Viva,

Parabens por este blog, só agora me apercebi dele e vou estar atento porque tambem vivo em Braga.

Tambem eu sinto falta de uma rede de vias para bicicleta em Braga. Seria quase um sonho se um dia isso viesse a surgir. Braga tem uma ciclovia, é certo, mas, para além de pequena partilha o mesmo espaço que uma estrada em que os automobilista teimam em fazer parecer uma autoestrada. Andei uma vez nela com a minha esposa e filha e não volto mais, é um perigo. Aliás, andar na estrada de bicicleta em Braga para mim foi traumático. Já fui abalroado por uma carrinha e o tipo teve o descaramento de me dizer que eu é que devia ter cuidado e depois ainda vieram os GNR's de bigode ajudar à festa. Enfim, foi a primeira e certamente uma má experiencia, agora quando quero andar de bicicleta meto tudo no carro e vou para ciclovias seguras.

Mesmo assim sonho com um dia poder circular em segurança em Braga. Boa sorte com o Blog, faz falta este tipo de atitude para criar um certo movimento e quem sabe um lobbie.

Cumprimentos
Miguel Lobo


Olá, Miguel!

Obrigado pelo testemunho e pelo incentivo. Estamos a tentar contribuir para a sensibilização da população e dos responsáveis pelo urbanismo, para ver se as coisas melhoram um pouco cá em Braga.

Cada dia que qualquer um destes ciclistas - entre os quais me incluo - sai à rua na sua bicicleta (seja para passear, para tomar um copo com os amigos, para ir às compras ou ir para o emprego), está a contribuir ativamente para mudar mentalidades. À medida que mais ciclistas vão circulando nas ruas - e o número está mesmo a aumentar - passará a haver uma adaptação dos comportamentos dos automobilistas, mais não seja, porque passam a contar com a presença de ciclistas na via. Claro que há ainda muitos receios, alguns deles justificados, outros nem tanto, mas com algum esforço de adaptação, é possível e relativamente simples pedalar. A zona da periferia (incluindo essa ciclovia) coloca alguns desafios aos ciclistas, mas em compensação no centro da cidade conseguimos circular com relativa facilidade.

Quanto à nossa única e polémica ciclovia (ver foto abaixo, retirada de um artigo no blog Avenida Central), que supostamente serviria para a prática de desporto e ciclismo de lazer, tem realmente vários defeitos graves. O primeiro deles, na minha opinião, é o facto de se encontrar numa localização periférica, com um percurso que não a torna muito útil a quem deseja utilizar a bicicleta como meio de transporte para o emprego, para a escola ou para a universidade.

Ciclovia em Braga

Além disso, tem também alguns problemas de conceção que a tornam insegura não só para o ciclismo desportivo mas também para o ciclismo de lazer. Por exemplo, além de ser estreita e não permitir a ultrapassagem entre ciclistas, a ciclovia encontra-se agrupada com o passeio, ao longo de praticamente todo o seu traçado, sem qualquer tipo de separação, sendo frequente o seu uso por parte de peões, animais de estimação, carrinhos de bebés… Em alguns pontos do percurso, temos constantemente carros estacionados em cima da ciclovia, interrompendo a passagem dos ciclistas e obrigando-os a seguir ilegalmente por uma das faixas reservadas a veículos motorizados. Mas não é só. Em alguns pontos, há estacionamento automóvel na berma, pelo que os carros precisam de ocupar a ciclovia para entrar e sair do estacionamento (escusado será dizer que qualquer carro que vá a sair em marcha-atrás tem pouca ou nenhuma visibilidade para verificar se na ciclovia vem algum ciclista na sua direção). Isso, a juntar às numerosas rotundas que interrompem a viagem mas não oferecem qualquer proteção aos utentes da ciclovia, faz com que esta continue a ser uma das obras mais polémicas alguma vez realizadas em Braga.

É por estes e outros motivos que há neste momento um movimento de cidadãos de Braga a tentar fazer chegar uma mensagem aos responsáveis da autarquia - de que os ciclistas existem em Braga e que é preciso melhorar as condições de circulação e estacionamento, não só para os ciclistas que já andam nas nossas ruas, mas também para aqueles que gostavam de o poder fazer, mas ainda não se sentem seguros.

Gosto de ser otimista, e acredito que as coisas irão melhorar. O número de ciclistas aumenta de dia para dia, não só em passeios de fim de semana, mas também nas deslocações diárias para o emprego, no centro da cidade e nas zonas periféricas. Basta passar algumas horas na Avenida Central ou na Rua D. Pedro V, para o comprovar. Com o poder de compra a baixar e os custos dos combustíveis a aumentar, cada vez mais pessoas acabarão por tomar a decisão de perder o medo e a vergonha e passarão a usar a bicicleta em vez do carro. Aos poucos, esta nova realidade tornar-se-á cada vez mais difícil de ignorar por quem quer que esteja à frente dos órgãos autárquicos competentes…